O piloto britânico Lewis Hamilton rejeitou este domingo que a manobra tática que utilizou para evitar que o alemão Nico Rosberg conquistasse o título mundial de Fórmula 1 na corrida de Abu Dhabi tenha sido “perigosa ou desleal”.
“Não acho que tenha feito algo de perigoso ou desleal. Estávamos a lutar pelo título de campeão. Estava na liderança e era eu que controlava o ritmo da corrida”, sustentou Hamilton, que tinha partido para a 21.ª e última prova do Campeonato do Mundo com 12 pontos de atraso para o colega na Mercedes.
Rosberg apenas precisava de terminar no pódio para conquistar pela primeira o título mundial de F1, independentemente do resultado de Hamilton, e o alemão manteve-se sempre no controlo das operações, instalado no segundo lugar, mesmo quando Hamilton tentou uma manobra a roçar o desespero.
O britânico, que tinha partido da ‘pole position’, desobedeceu reiteradamente às ordens da equipa para acelerar na fase final da prova e, pelo contrário, reduziu a velocidade, mas mantendo-se sempre a salvo de uma ultrapassagem de Rosberg, que deitaria tudo a perder.
A estratégia de Hamilton tinha como objetivo permitir a aproximação de Vettel (Ferrari) e do holandês Max Verstappen (Red Bull) e colocar Rosberg sob pressão, mas o alemão nunca esteve em risco, terminando no segundo lugar, atrás do colega de equipa e bicampeão cessante.
Apesar da justificação de Hamilton, o ‘patrão’ da Mercedes, Toto Wolff, não gostou de ver o britânico desrespeitar as ordens da equipa: “É possível deixá-los correr com menos regras, mas a consequência será ganharmos menos corridas e menos campeonatos”, observou.
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