Jonathan Rea disse hoje, após conquistar o seu sexto título de campeão do mundo de Superbike, no Circuito do Estoril, que o segredo para este triunfo foi não parar de melhorar as suas capacidades como piloto.

O britânico, que soma na categoria 99 vitórias, 185 pódios e 27 ‘pole positions', assumiu que ficou preocupado quando teve conhecimento do calendário para este mundial e que foi isso que o fez trabalhar "ainda mais".

"Honestamente, quando o calendário foi lançado, fiquei preocupado. Achei que ia ser muito difícil este ano. A temporada era mais curta, não íamos a Assen, Imola, Donington Park ou San Juan, tudo corridas que eram boas para nós. Confesso que, depois de Portimão, com a paragem da pandemia, fiquei preocupado com o que podíamos esperar para o resto do ano. Foi aí que acho que dei um passo em frente com a mota e com a minha pilotagem. De maneira alguma podia ter conseguido o ano passado o que este ano fiz em Aragão", recorda o hexacampeão mundial.

A parceria com a Kawasaki tem sido de sucesso e Rea refere que é "fundamental" que os seus comentários não caiam em ‘saco roto' e que a equipa nunca se dê por satisfeita.

"Continuamos a trabalhar para melhorar tudo. Conhecemos os nossos pontos fortes e fracos, por dentro e por fora. Não podemos fazer com uma mota o que ela não quer, e em corridas baseadas em produção não é possível criar uma solução mágica, com novas peças e atualizações", sublinha o irlandês.

Quanto à ‘luta' com Scott Redding no campeonato deste ano, Jonathan Rea elogia o inglês, mas confessa que esperava que "ele tivesse sido mais forte".

"Scott tem sido o meu maior rival. A sua atuação em Jerez foi especial e esteve forte este ano, mas esperava que estivesse mais forte. Scott é muito talentoso, tem sido piloto de fábrica no MotoGP e foi um dos maiores rivais de Marc Marquez quando era mais jovem. No ano passado, pensei que Alvaro era imbatível, mas não tive essa sensação este ano com Scott", confidenciou o piloto.

Jonathan Rea chegou ao sexto título mundial de Superbike (SBK), em Portugal, ao terminar na quarta posição a primeira corrida do fim de semana no Circuito do Estoril, última prova do mundial.

Com este desfecho, na primeira das duas corridas na última prova do Mundial de Superbike, o piloto britânico soma agora 353 pontos na liderança do mundial, contra 281 de Redding e 242 de Chaz Davies.

O circuito do Estoril recebe pela terceira vez o mundial de SBK, depois de 1988 e 1993, naquela que é a última prova do mundial e que decorre à porta fechada, sem público nas bancadas, devido à pandemia de covid-19.