O piloto de motas português Miguel Oliveira (Mahindra) acredita que a equipa tem de melhorar a qualificação e obter bons arranques de corrida por forma a conseguir obter pódios de forma regular ao longo da época.
"Embora as perspetivas sejam boas, talvez tenhamos de melhorar um pouco a nossa qualificação e a nossa volta rápida com pneus macios. Não trabalhamos muito isso na pré-época. Trabalhamos o ritmo de corrida e as afinações de corrida e isso notou-se no Qatar, embora a qualificação não tenha sido boa", disse hoje Miguel Oliveira, dias depois de ter conseguido um quarto lugar na corrida de Moto3 do Grande Prémio do Qatar.
No domingo passado, na corrida inaugural da época no Qatar, o piloto luso arrancou do 11.º lugar da grelha da partida e falhou um lugar no pódio por apenas 15 milésimos de segundo, sendo batido sobre a meta pelo espanhol Efren Vazquez (Honda).
"Por momentos fiquei convicto de que tinha obtido o terceiro lugar, até porque na box toda a gente festejou. Mas tendo olhado para trás e visto no placar da classificação de que não tinha conseguido foi um bocadinho frustrante, porque foi uma corrida muito batalhada e tinha estado à frente, tinha apanhado os dois primeiros", recordou o piloto, que falava na Feira Futurália, na FIL, em Lisboa.
Miguel Oliveira, de 19 anos, salientou que "estava com a ambição de obter um pódio" logo na primeira corrida da temporada e acrescentou que em alguns circuitos tudo dependerá de um bom arranque.
"O que é certo é que existem pistas em que vai ser crucial obter um bom arranque, uma boa partida e um bom início de corrida, portanto se não conseguirmos aproveitar a velocidade com pneus novos vai ser um problema", ressalvou.
O piloto de Almada, que se prepara para a segunda corrida moto3 do ano, a 13 de abril em Austin, Texas (Estados Unidos), reiterou que a Mahindra está a "apostar em grande", pelo que espera "obter pódios de forma regular durante a época inteira" e não apenas "duas ou uma vez por ano".
"Estou confiante que podemos obtê-lo. Este ano acabámos [a corrida do Qatar] a duas décimas do primeiro e no ano passado a 17 segundos, por isso as perspetivas são obviamente boas", disse Miguel Oliveira.
Sobre a corrida de Austin, o piloto português sublinhou que "é uma pista muito longa", com "retas bastante largas".
"Portanto um segundo de diferença ali é muito pouco, numa volta de mais de dois minutos um segundo é uma diferença muito pequena. Mas temos de continuar a trabalhar como até agora.
Obviamente que as perspetivas são para andar na frente", concluiu Miguel Oliveira, assinalando que será "crucial uma boa afinação".
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