O espanhol Marc Marquez (Honda) tem domingo a segunda oportunidade de se tornar o mais jovem campeão mundial de MotoGP e o primeiro estreante a arrebatar o título em 35 anos, depois do norte-americano Kenny Roberts, em 1978.

No Grande Prémio do Japão de motociclismo, 17.ª e penúltima prova da categoria rainha do Mundial, em Motegi, o “rookie” espanhol, de 20 anos, volta a precisar de ganhar oito pontos ao compatriota e detentor do título Jorge Lorenzo (Yamaha).

Em Phillip Island, no fim de semana transato, Marquez teve a primeira ocasião, mas, perdeu-a durante a corrida, quando seguia no segundo lugar, por culpa de um erro crasso da equipa, que o fez entrar nas boxes na volta errada, “desclassificando-o”.

Desta forma, não só se esfumou a oportunidade do título, como encurtou a vantagem do jovem piloto da Honda, de 43 para 18 pontos, face ao triunfo de Jorge Lorenzo (Yahama). Agora a 34, Dani Pedrosa (Honda) continua com possibilidades matemáticas.

Como na Austrália, o jovem de Cervera, que se iniciou no Mundial de velocidade no Grande Prémio de Portugal (a 13 de abril de 2008, no Estoril), precisa de ganhar oito pontos a Lorenzo, o que conseguirá vencendo e desde que o compatriota não seja segundo.

O piloto da Honda não depende apenas de si para se sagrar campeão na penúltima prova do Mundial, mas sabe que apenas necessita de dois terceiros lugares, nas duas últimas provas, para arrebatar o cetro.

Mesmo com o erro crasso da equipa na Austrália, Marquez está, assim, muito perto do título, depois de uma época sensacional, em que venceu seis corridas e somou ainda cinco segundos lugares e três terceiros, para um total de 14 pódios.

O piloto da Honda, também com oito “poles” e 10 voltas mais rápidas, procura repetir os títulos que conseguiu nos 125cc e no Moto2, mas não na época de estreia, mas sim na terceira (com uma Derbi, em 2010) e segunda épocas (com uma Suter, em 2012).

Além de Marquez, a prova nipónica pode consagrar mais dois espanhóis como campeões do Mundo, “tri” que ficou mais perto no último fim de semana com a lesão do britânico Scott Redding, aproveitada por Pol Espargaro para assumir o comando no Moto2.

Espargaro venceu na Austrália e passou a somar mais 16 pontos do que o britânico e 36 em relação ao compatriota Tito Rabat, pelo que, se Redding falhar por lesão (fratura no pulso esquerdo) a prova nipónica, o líder será campeão com um terceiro posto.

Caso o britânico regresse, Pol Espargaro precisará de levar a sua Kalex ao triunfo e que o segundo classificado do campeonato não fique no segundo posto da corrida.

No Moto3, categoria na qual participa o português Miguel Oliveira (Mahindra), que segue em sexto, o título já é certo para a Espanha, mas dificilmente Luis Salom (300 pontos) sairá campeão de Motegi, pois Alex Rins está a escassos cinco pontos.

O também espanhol Maverick Viñales (terceiro, com 278 pontos), também ainda está na corrida ao cetro, mas a categoria inferior só deverá ficar decidida a 10 de novembro, no Grande Prémio da Comunidade Valenciana, em Espanha.