O piloto português foi hoje o 15.º mais rápido do dia, com o tempo de 1.32,898 minutos, a 1,314 segundos do mais rápido, o espanhol Aleix Espargaró (Aprilia), piorando cerca de 0,8 segundos face ao tempo da véspera.
A sua melhor volta foi a 14.ª das 24 efetuadas ao traçado Marco Simoncelli, num dia em que testou alguns componentes aerodinâmicos e peças a pensar na próxima época.
“Os testes foram bons porque fomos mais competitivos no tempo por volta. Conseguimos fazer muito trabalho. Ontem tentámos perceber a afinação que melhor se adapta a mim para ser rápido. Hoje testámos algumas peças de aerodinâmica. Espero traduzir isto em peças boas e um bom pacote para o resto da época”, frisou o piloto de Almada, numa conversa com os jornalistas após a sessão de trabalho.
Miguel Oliveira mostrou-se mais “satisfeito” com a mota com que testou depois de um fim de semana difícil no Grande Prémio de São Marino, em que foi 20.º classificado.
“Encontrámos algo na eletrónica que estava realmente mal. Identificámos e resolvemos os problemas. Consegui ter a minha mota de volta, algo que não tive nas últimas corridas. Acredito que temos uma boa solução para as próximas corridas”, sustentou.
Questionado pela agência Lusa, o piloto português escusou-se a revelar os motivos para os problemas com que se deparou nas últimas cinco corridas, mas mostrou-se satisfeito com o caminho encontrado.
“Sim, percebemos o que estava mal, mas não o vou revelar, são detalhes técnicos. Acreditamos que conseguimos resolver, é para isso que servem os testes. Se não encontrássemos éramos amadores”, frisou Oliveira, que testou peças "tanto para esta como para a próxima época".
O piloto da KTM não vê relação entre as dificuldades encontradas este ano em alguns circuitos com a perda de concessões que permitiam à KTM efetuar mais testes.
Miguel Oliveira acredita mesmo que “no final de outubro” vai ser possível “mostrar” que a KTM evoluiu.
“Saio com melhor disposição do que quando cheguei aqui. Fui mais competitivo, consegui bons tempos por volta, mas não nos preocupámos em fazer ‘time atacks’ [voltas rápidas]. No final de outubro teremos hipóteses de mostrar que melhorámos. O meu ‘feeling’ com a mota voltou ao normal. Estamos satisfeitos”, garantiu.
A próxima prova será em Austin, no Texas (EUA), um circuito aonde o campeonato não vai há dois anos.
“Não faço ideia de como se vai comportar a mota em Austin. Da última vez, era a minha segunda ou terceira corrida como estreante. As minhas referências não são as melhores. Vamos ver. Será um fim de semana de descoberta”, precisou.
Miguel Oliveira deixou ainda uma palavra para André Pires, que terminou este fim de semana o seu primeiro campeonato de MotoE, para motas elétricas.
“Ficarei contente se puder continuar a ter a bandeira portuguesa nos circuitos”, disse.
O dia de hoje marcou, também, a estreia de Raul Fernandez e Remi Gardner pela Tech3 KTM, a equipa satélite da casa austríaca.
Os dois pilotos de Moto2 terminaram no 21.º e 22.º lugares, respetivamente.
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