Miguel Oliveira esteve esta quinta-feira presente numa cerimónia em que assinou uma parceria com o MEO, tornando-se embaixador da marca da Altice Portugal.

À margem da cerimónia, o piloto português falou sobre a nova época na Moto GP e salientou que o título não está no seu horizonte.

"Para já a minha realidade é uma realidade diferente. O que posso falar são os factos das épocas passadas. A KTM é uma mota que teve entre os 15º e 10º lugares nas corridas. Essa será talvez a prestação na qual eu me posso inserir nestes momento. Sendo um 'Rookie' (estreante) poderá atrasar um pouco mais a alcançar esses lugares dos pontos. Ser campeão diria que, neste ano, estará fora da equação. Eu gosto de traçar objetivos que sejam reais e não criar falsas expectativas", referiu o jovem de 24 anos, não descartando a hipótese de ganhar o prémio de 'Rookie do ano'.

"O prémio de 'Rookie' do ano é algo que não me alimenta muito o ego, mas se o alcançar é lógico que é bem-vindo. Tenho estreantes que estão em momentos diferentes do meu, com motos diferentes, com equipas com muita experiência nessas motas. Diria que esse prémio será suado", atirou.

Sobre as mudanças entre a categoria de Moto 2 e Moto GP, Miguel Oliveira salienta que as rotinas mudaram pouco, mas que os treinos têm sido mais intensos.

"A rotina mudou muito pouco. O meu treino tem sido um pouco mais intenso, mas em termos de calendário o Moto GP poderá exigir um pouco mais, mas isso ainda estou para descobrir. Ainda não vivenciei, não experimentei na realidade o meu compromisso a nível de tempo e de rotinas na categoria do Moto GP", afirmou, antes de sublinhar que o seu objetivo é terminar todas as corridas na próxima temporada:

"Neste momento estou em vésperas de sair para testes. Estou muito ansioso para voltar a trabalhar com a equipa e familiarizar-me com a mota. Despender mais alguns quilómetros da máquina com que eu vou correr é essencial. Os testes estão aí à porta. Espero que sejam suficientes para estar à vontade, mas é lógico que a experiência de corrida apenas nos fins de semana e nos grandes prémios é que vou ter essa oportunidade. Estou apostado em terminar as corridas e amealhar quilómetros e experiência."

Sobre a pressão de correr ao lado de nomes como o do italiano Valentino Rossi, Miguel Oliveira salienta que respeita todos os adversários.

"Vou sentir-me como me senti noutras corridas. Com Valentino Rossi ou sem é um adversário como outro qualquer. Faço parte deste leque de 24 pilotos do Moto GP portanto todos contam. Tenho respeito por eles todos de forma igual e se tiverem à frente têm de ficar atrás", afirmou.

A fechar, o piloto de Almada deixou a garantia de que vai tentar ser o melhor dentro da equipa KTM.

"Para mim, neste momento, é muito cedo para traçar um objetivo real. Não sei o que será um bom resultado para mim. Sei que tenho três KTM ao meu lado na grelha e, portanto, tratar de ser o mais competitivo possível dentro deste leque quatro pilotos para mim deixaria-me satisfeito", terminou.