O médico Sid Watkins, a quem foi reconhecido o salvamento de vários pilotos de Fórmula 1 e considerado um dos responsáveis pela introdução de melhorias na segurança naquela disciplina automóvel, morreu aos 84 anos.
A família do médico e alguns dirigentes revelaram que o neurocirurgião inglês, descrito como um pioneiro da segurança na Fórmula 1, morreu na quarta-feira.
«Muitos pilotos e ex-pilotos devem as suas vidas ao cuidado e experimentado trabalho dele, que resultou em grandes avanços nos níveis de segurança que os pilotos de hoje tomam por garantidos», afirmou Ron Dennis, presidente da McLaren.
Este dirigente foi mais longe, sublinhando: «Não, ele não era um piloto, não, não era engenheiro, não, não era um projetista, era um doutor e será provavelmente justo dizer que ele fez mais do que qualquer um, durante muitos anos, para tornar a Fórmula 1 tão segura como o é nos dias de hoje».
Como médico de pista, Watkins, que era conhecido como "The Prof" (o professor), é elogiado por ter ajudado a salvar as vidas do finlandês Mika Hakkinen, duas vezes campeão mundial, do austríaco Gerhard Berger e do brasileiro Rubens Barrichello, entre outros, após graves acidentes.
«Foi Sid Watkins quem me salvou a vida em Ímola, em 1994. Ótima pessoa para se estar, sempre alegre... obrigado por tudo o que fez por nós pilotos», disse Barrichello, através do Twitter.
O brasileiro Ayrton Senna da Silva foi o último piloto a morrer durante uma corrida, o que levou Watkins a liderar uma campanha de melhoria das estruturas médicas nos circuitos. Agora, existem modelos universais nos centros médicos dos circuitos, enquanto é obrigatória a existência de um helicóptero em todas as corridas de Fórmula 1.
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