A 43.ª edição do Rali Dakar de todo-o-terreno, que se disputa de 02 a 15 de janeiro, terá menos quilómetros e menos participantes do que a de 2020, marcada pela morte do motociclista português Paulo Gonçalves (Hero).

A prova do próximo ano, que se volta a disputar na Arábia Saudita, terá 555 participantes em 321 veículos. Destes, 144 são estreantes, 83 Legends e 26 veículos Dakar Classic.

Pela frente, terão 7.646 quilómetros (menos 210 do que em 2020), 4.767 em especiais cronometradas (menos 300 do que em 2020).

Ao todo, são menos 16 carros, 36 motas, cinco camiões e dois quads e mais 11 participantes em SSV, que enfrentam um percurso feito no sentido contrário ao do ano passado, no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio.

De acordo com o francês David Castera, "80 a 90 por cento é percurso novo".

A organização aposta este ano em mais segurança, obrigando, por exemplo, os pilotos de mota a vestirem um casaco com airbag incorporado.

Também serão limitadas as mudanças de pistão nos motores das motas, de forma a obrigar os pilotos a dosear o andamento para poupar material. O mesmo princípio foi usado na obrigatoriedade de usar apenas seis pneus na classe dedicada aos pilotos amadores.

Haverá zonas de velocidade reduzida e com avisos sonoros e as reparações estão proibidas nas paragens obrigatórias para reabastecimento, de forma a obrigar os pilotos a dosear ainda mais o andamento.

E, ao contrário do que acontecia até aqui, os road books (cadernos com as notas dos percursos) serão entregues aos pilotos apenas 10 minutos antes da partida de cada etapa (20 para as motas), sendo que o dos automóveis será em formato digital, entregue num tablet.

"Será um Dakar particular, como tudo o que se faz agora, Vamos fazer uma corrida sem espetadores, sem nada, com o mínimo de gente", sublinhou o diretor da corrida.