A final de sábado dos 100 metros mariposa dos Mundiais aquáticos é uma nova ocasião para Diogo Ribeiro continuar a fazer história para a natação portuguesa, depois de marcar, esta sexta-feira, o melhor tempo nas meias-finais, em Doha.

O jovem nadador luso superou-se, melhorou o recorde nacional e fez com que se possa acreditar que consiga chegar a nova medalha, atendendo à fulgurante forma exibida na piscina principal do Aspire Dome da capital do Qatar, que já o confirma como um dos melhores mariposistas da atualidade.

Diogo Ribeiro ganhou a segunda meia-final, ao nadar em 51,30 segundos, o que tirou 15 centésimos ao anterior máximo nacional (51,45), que já era dele e fora fixado em 01 de abril do ano passado, no Funchal.

De manhã, tinha nadado em 51,78 segundos, o que lhe valeu uma passagem fácil para as 'meias', com o quinto tempo dos 62 inscritos. Também esteve nos 50 metros livres, sem forçar, para ser 18.º na listagem final.

O jovem luso, de 19 anos, assume-se cada vez mais como um mariposista. É nessa especialidade que consegue os melhores resultados, que o começam a consolidar ao nível dos melhores mundiais.

Na meia-final de hoje, passou em terceiro aos 50 metros, para depois ter uma parte final muito forte e bater na parede com menos três centésimos do que o polaco Jakub Majerski (51,33 segundos) e nove centésimos do que o austríaco Simon Bucher (51,39).

Na final, marcada para as 16:42 (horas em Lisboa) de sábado, vão estar ainda o espanhol Mario Molla (51,48 segundos), o sul-africano Chad le Clos (51,70), o búlgaro Josif Miladinov (51,72), o neerlandês Nyls Korstanje (51,75) e o norte-americano Zach Harting (51,78).

Destes, apenas Molla esteve com Diogo Ribeiro na final dos 50 metros. Korstanje foi quinto há dois anos em Fukuoka, numa final a que Diogo Ribeiro não chegou - quedou-se então pelo 13.º lugar.

Desde que conseguiu três medalhas de ouro em 2021, nos Mundiais de juniores em Lima, que a passagem para as competições absolutas do nadador luso está a ser um sucesso, chegando em grande forma a um ano olímpico, quando já tem mínimos para três provas.

Em Doha, já conseguiu o que nenhum português fez antes, com o ouro. Aliás, já em Fukuoka tinha feito história, com a primeira medalha lusa de sempre.

Sábado, ficar-se-á a saber se não consegue fazer melhor ainda, já nestes campeonatos.