Os campeões nacionais Rafael Gil e Angélica André esperam ficar entre os 20 primeiros na terceira etapa do circuito mundial de águas abertas, que se disputa no sábado, em Setúbal.
"Vou procurar ficar entre os 20 primeiros classificados. Mas o fator surpresa vai estar sempre presente para todos nós. Devido, sobretudo, à temperatura da água e às correntes. O uso do fato isotérmico poderá ser determinante na classificação final", disse hoje à agência Lusa Rafael Gil, nadador do Sporting.
Angélica André, do Clube Fluvial Portuense, já participa nesta ‘maratona' de 10 quilómetros disputada no rio Sado desde 2012, pelo que conhece bem o percurso e o grau de dificuldade gerado pelas marés e correntes.
"Espero andar sempre no grupo da frente para tentar garantir um lugar entre os 20 primeiros", sublinhou Angélica André, que atravessa um bom momento de forma e recentemente se classificou em quinto lugar num Open em França.
Além de Angélica André e Rafael Gil, competirão em Setúbal mais dois portugueses: Tiago Campos (CN Rio Maior) e José Carvalho (SFUAP-União Piedense).
O selecionador nacional de águas abertas, Daniel Viegas, referiu que a participação portuguesa, este ano, é mais reduzida, "mas de melhor qualidade", considerando que o facto de a temperatura da água rondar os 16 graus, mais fria do que o habitual, poderá apimentar a competição".
Os nadadores europeus presentes em Setúbal vão lutar pela qualificação para o Europeu de Glasgow, em agosto.
No total estarão cerca de uma centena de atletas a participar numa competição que se realiza pela 12.ª vez consecutiva em Setúbal. "Estamos no caminho certo e Setúbal continua a ser uma referência entre as etapas do circuito mundial de águias abertas", disse Maria das Dores Meira, presidente da Câmara Municipal de Setúbal.
Os campeões olímpicos no Rio2016, os holandeses Ferry Weertman e Sharon van Rouwendaal, lideram o lote de nadadores presentes, no qual estão também o italiano Simone Ruffini, campeão do circuito mundial em 2017, e a brasileira Ana Marcela Cunha, campeã mundial na distância de 25 quilómetros.
"A cidade de Setúbal tem muito significado para mim. Em 12 anos de provas no Sado, já cá estive sete vezes. E foi aqui que alcancei a minha primeira vitória em etapas do circuito mundial, em 2008", frisou Ana Marcela.
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