Os jogos da Liga Mundial de polo aquático e as Séries Mundiais de natação artística e saltos, previstas para a Rússia, foram cancelados, devido à ofensiva militar na Ucrânia, anunciou hoje a Federação Internacional e Natação (FINA).

Apesar de reconhecer que “o desporto deve permanecer politicamente neutro”, o organismo que rege a natação mundial “condena todos os atos de agressão”, assumindo a “extrema preocupação” com a escalada de violência no conflito em território ucraniano.

No mesmo comunicado, a FINA dá conta do cancelamento dos jogos entre Rússia e Grécia, para a Liga Mundial de polo aquático, previstos para 08 de março, em São Petersburgo, e das provas para as Séries Mundiais de natação artística e saltos, agendados para entre 08 e 10 de abril, em Kazan.

“Caso seja encontrada uma solução para realização destes eventos, será comunicada tão rapidamente quanto possível”, referiu a FINA, comprometendo-se a “proporcionar todo o apoio possível aos membros da família aquática afetados por esta situação”.

Na quinta-feira, a Rússia lançou uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos mais de 120 mortos, incluindo civis, e centenas de feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 100.000 deslocados no primeiro dia de combates.

O presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e desnazificar" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo de seus "resultados" e "relevância".

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.