O candidato à presidência da Federação Portuguesa de Râguebi (FPR) Lourenço Fernandes Thomaz quer tornar a modalidade num "produto vendável" para poder aumentar as receitas, mas admitiu que para isso terá de se tornar “mais apelativa”.
O líder da Lista B acredita que esse é o primeiro passo para cumprir o desígnio da sua candidatura, que é de "refundar o râguebi nacional", e disse hoje à Lusa que já assegurou um conjunto de patrocinadores para "injetar capital" na modalidade caso venha a vencer as eleições de 04 de abril.
"Não quero que isso sirva de bandeira da minha candidatura, mas esse trabalho está feito", assegurou o candidato, sublinhando que "o râguebi tem de se tornar apelativo para, depois, ir buscar mais patrocínios".
O empresário do ramo da publicidade explicou que "a FPR é uma instituição sem fins lucrativos, portanto, quando mais dinheiro entrar, mais haverá para distribuir pelos clubes e associações regionais".
Ainda no plano financeiro, Fernandes Thomaz assegurou que, se vencer, não haverá verbas recebidas para desenvolvimento a serem utilizadas noutras vertentes, nomeadamente, nas seleções nacionais, cujo financiamento tem de ser garantido "através de patrocínios próprios".
Nesse sentido, o antigo presidente do CDUL sugere um plano de "profissionalização de jogadores", que é "diferente de ter jogadores profissionais".
"É preciso criar uma rede de empresas que estejam dispostas a empregar atletas com diferentes níveis de formação nos seus quadros, permitindo-lhes conciliar a sua profissão com a prática de râguebi a um nível competitivo elevado", explicou Fernandes Thomaz, garantindo que "há empresas interessadas" em fazê-lo.
O candidato lembrou que "já há clubes que o fazem, numa escala mais reduzida”, mas que a federação “tem de assumir a criação dessa rede a nível nacional e partilhá-la com todos os clubes".
Lourenço Fernandes Thomaz terá como adversário, na corrida à liderança da FPR, Carlos Amado da Silva, da Lista A, que apresentou a candidatura no início de fevereiro.
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