O selecionador português de râguebi sub-20, Luís Pissarra, apontou a "qualificação para o Mundial de França2023" como o novo objetivo dos jogadores que na madrugada de hoje perderam a final do Junior World Trophy, frente ao Japão.
A equipa portuguesa surpreendeu, em São Paulo, com triunfos robustos sobre adversários como Hong Kong (59-27), Canadá (49-21) e Tonga (40-3), mas deixou escapar o título a quatro minutos do final do decisivo encontro frente aos nipónicos, ao perder por 35-34.
"Temos de nos agarrar já a esse objetivo, que não é fácil, uma vez que há outras seleções a evoluir muito, mas há neste grupo muita qualidade e espírito competitivo, pelo que acredito que podemos tirar daqui vários jogadores para a seleção principal", assinalou Luís Pissarra, em declarações à Lusa.
O técnico lembrou também que "22 dos 26 jogadores" que também conquistaram a medalha de prata no ‘Trophy', em 2017, "já se estrearam na seleção principal" e acredita que "a experiência neste tipo de competições" pode incentivar "mais jogadores" a seguirem uma carreira na modalidade.
"É uma experiência ‘viciante’ e acredito que vão querer mais. Com a qualidade que têm, se conseguirmos dar-lhes as bases e condições, a qualificação para o Mundial pode ser um objetivo difícil, mas atingível", concluiu Pissarra.
Agora, o momento é de recuperar animicamente um grupo que ficou "devastado" com a derrota, apesar de ter rubricado mais uma exibição merecedora de elogios.
"Este grupo é muito unido e logo durante o jantar de encerramento perceberam que marcaram esta competição pela positiva, quando elementos de todas as outras seleções vieram dar-lhes os parabéns pelas capacidades e coragem que mostraram dentro de campo", revelou o selecionador tricampeão europeu de sub-20.
Segundo o técnico, faltou apenas "uma pontinha de sorte" para que a sua equipa vencesse o Japão e se qualificasse para o Campeonato do Mundo do escalão.
"Houve vários momentos em que podíamos ter sentenciado o jogo e não aconteceu. Conseguimos continuar a marcar muitos ensaios, travámos o ataque ‘corrido' do Japão, mas a ‘maquinaria' pesada deles nas formações ordenadas acabou por fazer a diferença, num capítulo em que até estivemos muito bem ao longo da competição", analisou Pissarra, antes da viagem de regresso a Portugal.
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