O selecionador de râguebi de Portugal quer ver os ‘lobos’ a mostrar no sábado, contra o Japão, todas as qualidades que estão na origem dos últimos bons resultados da equipa, disse hoje o técnico à agência Lusa.
Após o triunfo na Rússia, em julho, Portugal obteve, no sábado, o primeiro triunfo da história frente ao Canadá (20-17), país ‘totalista’ em Mundiais, e Patrice Lagisquet quer ver os jogadores mostrar frente aos nipónicos “o mesmo que [mostraram] no último fim de semana”.
“Quero vê-los a mostrar a sua capacidade ofensiva e a sua criatividade, mas também a mostrar que conseguem jogar a uma intensidade elevada, porque o último jogo teve 42 minutos de tempo de jogo efetivo, o que é muito bom a nível internacional”, enumerou o técnico.
Além disso, Lagisquet quer “ver também se a defesa consegue adaptar-se à velocidade de uma equipa como a do Japão”, porque “o Canadá é muito forte, mas não é tão rápido” e a “grande diferença” entre as duas equipas “é a velocidade” que imprimem ao jogo.
“Quando jogas contra equipas do ‘tier 1’, sabes que estão habituados a jogar mais rápido, são mais poderosos, têm grande capacidade técnica e são bem organizados. É importante para sabermos exatamente a que distância estamos deles. Vamos conhecer verdadeiramente o nosso nível”, analisou o antigo internacional francês.
No entanto, e apesar de manter que prepara todos os jogos para ganhar, o técnico advertiu que “a probabilidade” de vencer o Japão “não é, obviamente, favorável a Portugal”, mas admitiu, também, que isso “não é o mais importante” neste jogo.
A seleção parte na sexta-feira para Coimbra, dia em que fará o ‘captain’s run’ no relvado do Estádio Cidade de Coimbra, palco construído para o Euro2004 em futebol, que vai receber o primeiro encontro de Portugal com uma nação do ‘tier 1’ desde os confrontos com a Escócia e a Nova Zelândia, no Mundial2007.
Quando partir para Coimbra, Lagisquet já terá ‘riscado’ 12 dos 35 jogadores que trabalharam durante esta semana no Centro de Alto Rendimento do Jamor, uma tarefa que, disse à Lusa, “está a tornar-se cada vez mais difícil”.
“O grupo está muito competitivo e a escolha torna-se mais difícil. São boas notícias para o râguebi português, mas é estranho quando começas a deixar de fora da equipa inicial alguns jogadores que são profissionais em França. É difícil, mas significa também que a maior parte dos jogadores estão a melhorar muito”, regozijou-se Patrice Lagisquet.
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