Os surfistas portugueses da ‘Big Wave Tour’, circuito mundial de ondas gigantes, mostraram-se hoje ambiciosos em alcançar bons resultados na etapa da Nazaré, mas sem esquecer que o medo tem de ser bem gerido.

À margem da apresentação da terceira edição da prova portuguesa, cujo período de espera decorre até 28 de fevereiro de 2019, na praia do Norte, na Nazaré, Nic Von Rupp e Alex Botelho expressaram também a satisfação de ver, uma vez mais, o circuito passar por território nacional.

“Nos primeiros anos, senti que estava a apalpar terreno. Estive mais virado para ao circuito de qualificação e agora estou mais virado para as ondas grandes. Estive a um lugar de ir à final no ano passado e estou a crescer todos os anos”, disse o ‘wild-card’ Nic Von Rupp, acrescentando: “Estou cada vez mais confortável e este ano o objetivo é chegar à final e possivelmente ganhar”.

Nic explicou ainda as diferenças entre competir no circuito de qualificação e no circuito de ondas gigantes, sublinhando que pretende fazer parte da nova geração que explora as ondas ao máximo.

“São técnicas diferentes. No WSL, é mais agilidade e ondas pequenas, aqui é frieza e virar aquelas pranchas grandes não é nada fácil. Quero fazer parte da nova geração que puxa ao limite as ondas grandes”, frisou.

Sobre o que os surfistas sentem quando encaram estas etapas, o convidado da Nazaré admite que o medo paira em si e lembrou grandes profissionais que não foram capazes de enfrentar as ondas no passado.

“Quem diz que não tem medo aqui (na Nazaré), está a mentir. Já vi grandes surfistas chegaram aqui, virarem costas e irem-se embora. O medo está sempre presente. É uma questão de lidar com o medo e superá-lo”, argumentou.

Já Alex Botelho, o único português que está no circuito de forma permanente, admitiu que no seu caso o medo é visto como um desafio.

“Há sempre adrenalina e medo, mas é isso que dá força a vontade de superar o desafio. É bom manter essa chama ativa. O medo é uma vontade de querer superar, é encarar como um desafio. Eu acho que é assim que tem que ser olhado”, afirmou.

Quanto ao objetivo traçado para a prestação na praia do Norte, Alex Botelho foi mais reservado que Nic, mas, ainda assim, admitiu que quer sempre melhorar a performance nas ondas.

“Estar de forma permanente no circuito era meu objetivo, que tracei há dois anos. Agora quero continuar a subir no ‘ranking’ e tenho o meu objetivo pessoal aqui na Nazaré, que é sempre melhorar”, finalizou.

O período de espera da terceira edição do Big Wave Tour decorre até ao dia 28 de fevereiro de 2019, na praia do Norte, na Nazaré.

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