Marcos Freitas mostrou-se desiludido por ter caído nos quartos de final do torneio de ténis de mesa dos Jogos Olímpicos Rio2016, uma vez que o seu objetivo era discutir as medalhas.

“Foi [uma grande desilusão]. É obvio que chegar aos quartos de final é bom, é a primeira vez, mas sabia que podia chegar mais longe. O adversário estava ao meu alcance, já lhe tinha ganhado antes. Hoje ele esteve muito bem, ganhou uma vantagem de 3-1 e ficou difícil conseguir manter-me com ele. Ainda consegui fazer o 3-2, mas depois ele começou muito forte, ganhou muitos pontos e cada vez mais confiança e não tive hipótese”, resumiu o jogador madeirense.

Marcos Freitas garantiu que esteve sempre a tentar dar a volta ao resultado, até porque já conseguiu recuperar de desvantagens piores, mas precisou que a sucessão de pontos somados por Jun Mizutani permitiram ao japonês crescer em confiança, para se impor por 4-2, com os parciais de 11-4, 9-11, 11-3, 11-8, 10-12 e 11-2, em 55 minutos.

“Ser número oito do mundo não dá medalha, é só os três. Já estou no top 10 há mais de ano e meio. Não é nada de novo para mim. Os resultados que tenho feito têm apontado sempre para este nível. Queria realmente chegar a uma meia-final e depois discutir uma medalha”, assumiu o oitavo jogador mundial.

Desiludido, Marcos Freitas quer agora descansar, perceber onde errou e começar a preparar o jogo por equipas com a Áustria.

“Vai ser um jogo muito difícil, porque eles são campeões da Europa. Penso que se conseguirmos passar esse jogo, temos grandes hipóteses de chegar muito longe”, sublinhou.

Questionado sobre se a probabilidade de conquistar uma medalha juntamente com os seus colegas é maior do que era na competição individual, o madeirense considerou que é igual.

“Nas equipas, estamos entre as cinco e as oito melhores do mundo, em individual eu era o número oito. Fizeram-me muitas vezes essa pergunta: qual a vertente em que tínhamos mais hipóteses? Aos meus olhos, eu tinha hipóteses nas duas. Perdi uma hipótese hoje e é óbvio que não quero perder outra”, explicou.

Dos seus terceiros Jogos Olímpicos, Marcos Freitas leva a experiência e a aprendizagem de cada derrota.

“Hoje o meu adversário esteve melhor do que eu. Esteve mais rápido, taticamente esteve muito bem preparado. O que aprendo é que tenho de melhorar muito no meu jogo, ainda posso evoluir muito, tenho apenas 28 anos. Se conseguir trabalhar bem e evoluir é que vou estar a jogar melhor na próxima vez”, concluiu.

Marcos Freitas terminou, assim, a sua participação no quinto lugar, a melhor de sempre do ténis de mesa português em Jogos Olímpicos.