A defender o título de campeão de Wimbledon, Novak Djokovic apurou-se hoje pela nona vez para a final no All England Club, onde vai discutir o terceiro troféu do Grand Slam com o número um mundial, Carlos Alcaraz.
Tudo apontava para este desfecho, desde o sorteio do quadro masculino de singulares, e tanto o sérvio, de 36 anos, como o jovem espanhol, de 20 anos, cumpriram as expectativas, atingindo a final do ‘major’ londrino, que marcará o reencontro entre os dois, desde a meia-final de Roland Garros, ganha por Djokovic.
Em mais um dia de chuva em Londres, Novak Djokovic, que luta pelo quinto título consecutivo de Wimbledon, 24.º ‘major’ da carreira, foi o primeiro a assegurar o regresso à final, após derrotar o italiano Jannik Sinner, assim como em 2021 nos quartos de final, em três sucessivos ‘sets’, pelos parciais de 6-3, 6-4 e 7-6 (7-4).
“Nas meias-finais é sempre um encontro muito intenso e equilibrado. Foram três ‘sets’ muito equilibrados, penso que talvez o marcador não demonstre o que realmente aconteceu em ‘court’. Foi muito ‘apertado’”, afirmou o número dois do mundo.
Depois de duas horas e 47 minutos, Djokovic somou a sua 34.ª vitória consecutiva em relva e estabeleceu um novo recorde de finais do Grand Slam, ao registar 35 presenças e superar as 34 que partilhava com Chris Evert. O sérvio tornou-se ainda no terceiro finalista mais velho do torneio britânico, com 36 anos e 55 dias, atrás de Ken Rosewall e Roger Federer.
No domingo, o sérvio terá como adversário o espanhol Carlos Alcaraz, que hoje confirmou o teórico favoritismo diante do russo Daniil Medvedev, número três mundial, por triplo 6-3, e qualificou-se, pela primeira vez na carreira, para o encontro do título.
"Foi realmente muito difícil fechar o encontro. O Daniil não queria mesmo perder e mostrou que é um grande lutador. Nesses momentos mais difíceis, tive de ser agressivo e focar-me apenas em mim e no que podia fazer”, avançou o tenista de Múrcia.
Ao fim de uma hora e 50 minutos no court central ante o moscovita, Alcaraz venceu o seu 10.⁰ encontro de carreira em Wimbledon (10-2), naquela que é a sua terceira participação no torneio, em 10 ‘majors’ jogados, e vai discutir a segunda final do Grand Slam, depois de vencer o Open dos Estados Unidos em 2022.
"É um sonho para mim poder jogar uma final aqui em Wimbledon. Vou fazer por aproveitar este momento fantástico, é tempo de continuar a sonhar”, confessou o terceiro espanhol a chegar à final masculina de Wimbledon depois de Manuel Santana (campeão em 1966) e Rafael Nadal (campeão de 2008 e 2010 e finalista em 2006, 2007 e 2011).
Carlos Alcaraz regista esta temporada 46 vitórias contra quatro derrotas, sendo que soma 11 triunfos consecutivos em relva, desde a conquista do ATP 500 de Queens. O próximo desafio será com Novak Djokovic, com quem vai lutar igualmente pela liderança no ‘ranking’ mundial.
"Todos sabem que ele é uma lenda. Vai ser extremamente difícil, mas vou lutar, pois sou assim e é isso que faço sempre. Vou acreditar em mim e acreditar que o posso vencer aqui. Ele não perde neste court [central] desde 2013, mas sonho com este momento desde que sou criança. Não é altura para ter medo, nem tempo de estar cansado. Por isso, vou à luta para tentar ganhar”, prometeu o jovem espanhol.
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