O diretor do Estoril Open disse hoje que o cancelamento do torneio de ténis “era a única medida possível que o ATP podia tomar nesta fase”, devido à pandemia covid-19, por “não estarem reunidas as condições de segurança”.

Além do Estoril Open, que deveria realizar-se entre 25 de abril e 3 de maio, também os Masters 1000 de Madrid e Roma, as provas femininas em Estrasburgo e Rabat e os torneios masculinos em Munique, Estoril, Genebra e Lyon foram cancelados, visto que os circuitos ATP e WTA suspenderam a atividade até 7 de junho. O ATP Challenger Tour e o ITF World Tennis Tour estão igualmente suspensos até à mesma data.

“É a única possível que o ATP podia tomar nesta fase. É com muita pena que vemos o Millennium Estoril Open e toda a época de terra batida de 2020 suspensa, uma vez que estávamos já em pleno período de montagens. Nas circunstâncias em que vivemos, não é possível garantir uma experiência segura aos que nos visitam no final de abril. Sem essa garantia não faz qualquer sentido para nós ponderar sequer a realização do Millennium Estoril Open”, disse João Zilhão, no comunicado divulgado.

Depois de publicada a confirmação do ATP, o responsável do Estoril Open “apoiou” a decisão e considerou “ser a que melhor defende a saúde e a segurança de todos os envolvidos no evento”.

Os responsáveis do torneio português “estão alinhados com o sentido da tomada de decisão”, segundo a nota, “não obstante os prejuízos que a mesma inevitavelmente acarreta para todos”.

Ainda assim, João Zilhão deixou a garantia de que o torneio de terra batida do Estoril, cujo campeão em título é o grego Stefanos Tsitsipas, atual número seis do ‘ranking’ mundial, vai realizar-se em 2021, entre 26 de abril e 4 de maio, no Clube de Ténis do Estoril.

“O Millennium Estoril Open voltará em 2021. O maior evento tenístico português voltará mais forte e com mais novidades, tendo sempre a satisfação dos seus visitantes como principal objetivo”, concluiu.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 200 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.200 morreram.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou quarta-feira o número de casos confirmados de infeção para 642, mais 194 do que na terça-feira. O número de mortos no país subiu para dois.