João Sousa gostava de se manter no Estoril Open, mas despede-se do torneio “contente pelo nível exibido” em singulares e em pares, variante em que foi hoje eliminado nos quartos de final ao lado do tenista austríaco Dominic Thiem.

“Obviamente, tudo o que seja fora de ganhar nunca é positivo. Independentemente disso, tanto em singulares, como em pares, cheguei a um muito bom nível. É a ilação positiva que eu tiro deste torneio. Obviamente, gostava de manter no torneio e, como bem dizes, chegar ao fim de semana. Não sendo possível, como digo, [estou] contente pelo nível exibido”, defendeu aquele que é o melhor tenista português de sempre.

Campeão em singulares no Clube de Ténis do Estoril em 2018, o vimaranense de 34 anos lembrou que “este torneio é sempre muito especial” para si e que é um privilégio jogá-lo.

“Mais uma vez, [quero] agradecer também à organização pelo facto de me ter dado a oportunidade, tanto em singulares, como em pares, de ter disputado o quadro principal e [estou] muito contente com o carinho das pessoas. Mais uma vez, independentemente do resultado, estiveram a apoiar-nos até o último ponto e isto é de louvar e é para isto que nós jogamos ténis, é para sentir esse carinho e esse apoio”, destacou, depois de cair nos ‘quartos’ de pares.

Sousa e Thiem foram eliminados pelo equatoriano Gonzalo Escobar e o francês Fabien Reboul, terceiros cabeças de série, saindo derrotados por 6-3 e 6-2, em 59 minutos.

“A análise é fácil: eu acho que eles foram um melhor par do que nós hoje. Nós ficámos surpreendidos pelo nível a que eles se exibiram hoje, tanto na rede como a servir, como a responder. Acho que eles foram em todos os capítulos melhores do que nós e daí a vitória deles. A verdade é que pouco pudemos fazer, pelo menos como equipa não conseguimos encontrar o antídoto para vencer o encontro e acho que é todo o mérito deles, porque realmente fizeram um encontro muito bom”, elogiou.

Ao lado do único campeão português de singulares do único torneio ATP luso, Thiem corroborou as palavras de Sousa.

“Eles jogaram muito bem. Sinto que não conseguimos usar as nossas forças de singulares, porque conseguimos algumas respostas, que teriam sido boas nos singulares, mas eles eram muito bons na rede. É difícil. Nos pares, não podemos responder de forma defensiva. Eles foram melhores, jogaram bem”, reforçou.

Ao contrário do português, que foi afastado na segunda ronda de singulares pelo norueguês Casper Ruud, primeiro cabeça de série, o antigo número três mundial e campeão do Open dos Estados Unidos continua em ação, tendo encontro marcado nos quartos de final com o vencedor do encontro entre o espanhol Roberto Bautista Agut e o francês Quentin Halys, o último da jornada de hoje.