Pedro Sousa guardará boas recordações do Estoril Open, após hoje ter desaproveitado as suas “chances” na derrota da primeira ronda frente ao francês Luca van Assche, mostrando-se contente por ter sido homenageado “pelos maiores nomes do ténis português”.

“Foi duro. Acho que tive as minhas chances, até se calhar primeiro do que ele, não as consegui aproveitar. Mas ele também esteve bem, manteve-se ali nessas alturas. Também teve hipóteses de fechar o primeiro set mais cedo e não conseguiu. Foi mesmo assim. Ele é um jogador que vem com confiança, vem de ganhar torneios, acabou de entrar no top 100. Já sabia que ia ser complicado. Infelizmente, não consegui ser melhor do que ele”, resumiu.

Na sua última participação no único torneio português do circuito ATP, o 475.º jogador do ranking mundial, perdeu com o jovem francês, de 18 anos e 91.º do mundo, por 6-7 (5-7), 6-3 e 6-1, em duas horas e seis minutos.

Pedro Sousa falava aos jornalistas depois de ter sido homenageado no court central do Clube de Ténis do Estoril, num momento que o surpreendeu, até porque já se dirigia aos balneários, vindo do court Cascais, quando foi ‘travado’ pela organização.

“Não estava à espera [da homenagem]. Foi incrível poder entrar mais uma vez no court central, com amigos do ténis e fora do ténis. Falta só o Gastão Elias ali… deve ter faltado mais gente, mas o Gastão fez falta. Foi bom ser homenageado aqui no maior torneio, pelos maiores nomes do ténis português”, reconheceu, referindo-se ao atual 236.º classificado do ranking ATP, com quem partilhou muitos momentos ao longo da sua carreira.

No court, o lisboeta de 34 anos foi abraçado, entre outros, por João Sousa, Rui Machado, Nuno Borges e Francisco Cabral, que não quiseram perder a cerimónia de despedida do pó de tijolo do Estoril do vencedor de oito challengers.

“Já nem me lembro de algumas [edições do Estoril Open]. É o torneio mais especial que temos aqui em Portugal, falando não só por mim, mas por todos. Todos os anos são especiais. Houve anos em que não fiz grandes jogos, mas houve outros que realmente ficaram na minha memória. Com o [Gilles] Simon, com o João [Sousa], que acabei por perder, mas que foi um jogo incrível. No sábado [no ‘qualifying’]”, assumiu.

Pedro Sousa referia-se à edição de 2018, quando eliminou o mais credenciado francês, e depois caiu na segunda ronda frente a João Sousa. Totalista das edições do Estoril Open disputados no Clube de Ténis do Estoril, que mudou de organizador em 2015, o lisboeta considerou que “foram bastantes os jogos e os bons momentos” que passei nos courts estorilistas.