O norte-americano Jeff Tarango, antigo treinador de Maria Sharapova, responsabilizou hoje o ‘staff’ da tenista russa pelo resultado positivo num controlo antidoping realizado durante o Open da Austrália.
A tenista, de 28 anos, revelou na segunda-feira que teve um controlo positivo a meldonium, uma substância que toma desde 2006 e que se tornou proibida este ano, assumindo que não tinha visto a lista atualizada de produtos proibidos.
“Se [Sharapova] não lê as cartas da ITF [Federação Internacional de Ténis], os membros da sua equipa deviam fazê-lo. Estão a ‘jogar-se’ coisas demasiado importantes”, disse o antigo jogador ao canal televisivo inglês BBC, recordando que o ‘staff’ “implica um investimento de cerca de um milhão de dólares” por parte da russa.
Para Jeff Tarango, “toda a equipa é responsável”, até porque Sharapova “tem de estar exclusivamente concentrada nos treinos”.
“Seria odiável se isto acabasse com a sua carreira e o seu legado”, lamentou o norte-americano.
De acordo com a Federação Internacional de Ténis (ITF), a russa foi controlada a 26 de janeiro no Open da Austrália, num teste que revelou a presença do produto proibido, o que já levou a Nike e a TAG Heuer a anunciar a suspensão do relacionamento com Sharapova.
Segundo a ITF, por a substância estar entre as proibidas pela Agência Mundial Antidopagem e pelo seu próprio programa antidoping, Maria Sharapova será suspensa preventivamente a partir de 12 de março, até que o caso esteja resolvido.
A russa, que venceu cinco torneios do ‘Grand Slam’, foi eliminada nos quartos de final do Open da Austrália, que se disputou no final de janeiro.
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