Gastão Elias, número dois nacional, assumiu hoje que, pelo ténis praticado nas últimas semanas, mereceria um convite para o Estoril Open, mas recordou que a organização do único torneio ATP português é livre de entregá-los a quem quiser.
“Eles dão o convite a quem entenderem. O torneio é deles. Se me perguntarem se acho que mereço ou não, acho que estou a fazer uma boa época e mereço. Mas há outras coisas, como jogadores de grande nome, que ‘pesam’”, disse Elias, sem falsas modéstias, na conferência de imprensa posterior à derrota de Portugal com a Áustria, na Taça Davis.
O 121.º jogador mundial não se mostrou, no entanto, preocupado com a atribuição de um ‘wildcard’ para o Estoril Open. “Se me derem o convite, agradeço, se tiver de jogar o ‘qualifying’, jogarei, se não estiver noutro torneio”, acrescentou.
A jogar o melhor ténis da sua carreira, Elias brincou quando questionado sobre se seria este ano em que finalmente fará a entrada no ‘top 100’ mundial.
“Há cinco anos que digo que este é o ano. Estou na minha fase mais consistente. Estou constantemente a ter bons resultados com jogadores do ‘top 100’. Estive agora duas vezes muito perto de ganhar a um ‘top 20’. Se fosse uma vez, podia dizer que era sorte, duas vezes acho que é competência”, defendeu, referindo-se aos últimos dois confrontos com Dominic Thiem.
O objetivo do jovem da Lourinhã para os próximos meses passa por entrar no torneio do ‘Grand Slam’ de Roland Garros. “Preciso de 90 pontos para entrar no quadro. Vou jogar quatro ‘challengers’ e estou focado nisso”, concluiu.
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