O governo australiano confirmou que vai conceder um visto temporário ao tenista Novak Djokovic durante o Open da Austrália, um ano depois de o sérvio ter sido deportado por não estar vacinado contra a covid-19.

“Djokovic recebeu um visto temporário para entrar na Austrália”, indica um comunicado do ministro australiano do Interior, Andrew Giles, considerando que o motivo que levou ao cancelamento do visto deixou de existir.

O tenista sérvio, que soma nove triunfos no Open da Austrália, reagiu à decisão, pouco depois de ter assegurado um lugar nas meias-finais das ATP Finals, em Turim, ao bater o russo Andrey Rublev.

“Fiquei muito feliz ao receber a notícia. Foi um alívio, obviamente. O Open da Austrália é o meu grand slam de maior sucesso, do qual guardo as melhores lembranças. Claro que quero voltar e jogar ténis, que é o que faço melhor”, afirmou Djokovic, oitavo da hierarquia mundial.

A Tennis Austrália também se regozijou com a decisão, afirmando num comunicado: “Sempre nos esforçamos por ter todos os melhores jogadores do mundo a competir em Melbourne. Esperamos proporcionar o melhor torneio de sempre a jogadores e adeptos”.

Djokovic foi deportado em janeiro deste ano, pouco depois do início do torneio em piso duro, por ter entrado no país sem estar vacinado contra a covid-19, tendo apresentado uma isenção médica, cuja legalidade foi contestada pelas autoridades australianas.

O visto foi cancelado, por ter sido considerado que a presença de Djokovic poderia constituir um risco para a saúde pública e ser contraproducente para os esforços de vacinação na Austrália, no âmbito do combate à pandemia de covid-19.

Após uma curta, mas intensa, batalha judicial, o pleno do Tribunal Federal Australiano sustentou que a presença do tenista constituía um risco de saúde e ordem públicas, por poder contribuir para alimentar protestos de movimentos antivacinas, e Djokovic foi deportado.

O sérvio sofreu também uma proibição de entrada no país durante três anos, que agora ficou sem efeito.