O tenista português João Domingues considerou hoje o apuramento inédito para os quartos de final do Estoril Open, depois da vitória sobre o australiano John Millman, como um "dia marcante" na carreira.

Na conferência de imprensa realizada no Clube de Ténis do Estoril, o número 214 do 'ranking' ATP disse que preferia uma qualificação sem a 'ajuda' da desistência do adversário no segundo 'set', devido a problemas físicos, e que espera agora recuperar ao máximo para o embate de sexta-feira, naquela que será a sua estreia entre os oito melhores tenistas de um torneio do circuito ATP.

Na análise ao encontro que abriu a jornada de hoje no 'court' central, que terminou com os parciais de 6-3 e 2-1, o tenista de 25 anos disse ter-se sentido sempre "cómodo" em campo. Na expectativa da definição do próximo adversário, a sair do duelo entre Stefanos Tsitsipas e Guido Andreozzi, João Domingues expressou a sua indiferença face ao nome do vencedor.

"Sinceramente não tenho adversário ideal. Já me fizeram esta pergunta várias vezes, mas é indiferente, não tenho preferência. Penso muito jogo a jogo e tenho sempre as minhas chances quando entro em campo", frisou, evitando traçar uma fasquia para esta participação no Estoril Open: "Vou pensar passo a passo, mas acredito muito em mim."

Entre uma eventual menor pressão por já ter superado o seu melhor registo no torneio e a ansiedade por poder dar mais um passo histórico na carreira, João Domingues limitou-se a prometer o "máximo foco" para a partida dos quartos de final.

"Nunca tinha estado nos quartos de final, mas nunca parei para pensar nisso, porque ambiciono sempre mais. Sou bastante competitivo em tudo e quero sempre mais. Não me pressiono, mas não vou estar totalmente solto como se estivesse a jogar para nada", finalizou.

Apesar de uma jornada vitoriosa no quadro de singulares, o tenista português lamentou a derrota ao lado do espanhol Pedro Martinez na competição de pares perante o uruguaio Pablo Cuevas e o holandês Jean-Julien Rojer (6-3, 3-6 e 10-6), que deixou assim a variante de pares sem representantes portugueses.