João Sousa destacou hoje a atitude exemplar do par de Portugal, na confirmação da vitória sobre Israel na Taça Davis em ténis, com Gastão Elias a considerar que foi um dos melhores encontros de sempre da dupla nacional.

"Independentemente de o nível ter sido bom ou não, penso que a nossa atitude como par foi exemplar. Tivemos momentos complicados no encontro. No quarto ‘set’, estivemos um ‘break’ abaixo e conseguimos dar a volta, isso denota muita experiência", salientou João Sousa.

Bem-disposto, o número um nacional assumiu que hoje os dois queriam muito ganhar, "nem que fosse para não jogar amanhã" [domingo], e que desfrutou "muitíssimo" ao lado de Elias no ‘court’.

"Estou muito contente por ter ajudado Portugal a ganhar", completou, indicando que o público presente no Clube Internacional de Foot-Ball, em Lisboa, apoiou a seleção como se fosse uma nação.

Já Gastão Elias reconheceu que, em encontros a cinco ‘sets’, é difícil manter a intensidade e o nível de jogo altos.

"Senti que em alguns momentos baixámos um pouco a intensidade, mas no geral posso dizer que foi um dos nossos melhores jogos. Os nossos pontos altos foram muito bons. Eu estava preocupado porque estava um bocado cansaço, mas com o apoio do João e do Nuno conseguimos", acrescentou.

O número dois português explicou ainda a polémica que marcou o final do terceiro ‘set’ e que valeu um ‘warning’ a Portugal, depois de o par nacional ter protestado veementemente por uma bola que consideraram ter sido fora.

"Nestes encontros, há muitos momentos fortes, muita tensão. Se jogasse futebol, podia expressar-me muito mais do que num campo de ténis. [A discussão] foi uma maneira de aliviar a tensão. Podia correr bem ou mal, mas foi positivo para nós. A partir desse ponto começámos a jogar muito bem ténis", completou.

O ‘capitão’ Nuno Marques considerou que o encontro de pares, que Sousa e Elias venceram os israelitas Dudi Sela e Jonathan Erlich, por 7-5, 6-7 (4-7), 4-6, 6-2 e 6-4, foi "incrível".

"Eles são um par que joga muito bem - a certa altura estavam a jogar muito bem e nós não nos apercebemos. O João e o Gastão tiveram de ser humildes e dar a volta num momento de alta tensão", analisou.

O selecionador nacional confessou que, entre várias outras coisas, será a atitude de Sousa e Elias enquanto par que lhe ficará na memória no rescaldo da primeira eliminatória do Grupo I da zona euro-africana da Taça Davis com Israel.

"Temo-nos sentido muito contentes pelo valor que estes dois jogadores, os dois melhores tenistas nacionais de sempre, dão à Davis. Somos uns privilegiados", defendeu.

Sobre a Ucrânia, o adversário da segunda ronda, Nuno Marques disse ser uma equipa forte.

"A Ucrânia vai ser em casa, vamos falar em equipa como costumamos fazer. Mas é possível que sejam semelhantes a estas. Se for neste clube, fomos muito bem recebidos", concluiu.