O diretor do Estoril Open em ténis, João Zilhão, disse hoje que o cancelamento foi o “momento mais difícil de gerir na história do torneio, mas era “a única decisão possível”, face à pandemia de Covid-19.
João Zilhão admitiu, em declarações à agência Lusa, que este é o “momento mais difícil de gerir” nos seis anos de história do evento ATP 250, porque “acaba por ser uma grande festa do ténis português e é triste, ao fim de 11 meses de trabalho, ser cancelado”.
Contudo, o responsável disse quês esta “era a única decisão possível” e que respeita a decisão do ATP Tour, porque “não há outra forma de fazer este evento em segurança e não há confiança das pessoas para, adiando, fazer noutra altura, ainda esta época, quando o vírus se propaga rapidamente”.
“Ficámos de mãos atadas quanto à realização do evento. É um momento muito triste e transversal a todos, numa altura em que o vírus não está a dar tréguas e está numa fase de ascensão. A sensação de toda a equipa é um misto de tristeza e frustração, porque não podemos combater este vírus invisível. Estamos num escalar desta crise”, sublinha.
Apesar de avançar que, nesta fase, o passo seguinte é “reunir com os fornecedores e sponsors para falar sobre o futuro, numa altura em que alguns estão a passar dificuldades”, Zilhão assegura que o futuro do Estoril Open não está em perigo.
“As datas de 2021 já estão no calendário [24 abril a 2 de maio] e voltaremos com força redobrada para realizar mais um torneio de excelência. Temos vários acordos plurianuais com sponsors, uma excelente relação com o ATP e Câmara Municipal de Cascais, por isso essa questão não se coloca. Tudo será feito para termos um torneio de excelência em 2021”, frisa o diretor do Estoril Open, hoje cancelado pelo ATP Tour, assim como toda a temporada de terra batida.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 210 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.750 morreram.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 642, mais 194 do que na terça-feira. O número de mortos no país subiu para dois.
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