O português Nuno Borges disse, na quarta-feira, ter provado que pode competir com os melhores tenistas do mundo e defendeu que o sérvio Novak Djokovic irá vencer o Open da Austrália, primeiro major da temporada.

O número um nacional e 69.º jogador mundial falou com a comunicação social em Lisboa, após regressar da Austrália, onde foi eliminado nos oitavos de final pelo russo Daniil Medvedev, terceiro tenista do ranking ATP, com quem perdeu por 6-3, 7-6 (7-4), 5-7 e 6-1, na Rod Laver Arena, em Melbourne Park.

“Por momentos, senti que pertencia ali. Provei que quando estou a jogar bem, consigo competir com os melhores. Muita coisa tem de correr bem e vou à procura disso [de repetir o feito]”, começou por dizer.

Para o tenista maiato, de 26 anos, o Open da Austrália “acabou por mudar um bocadinho a perspetiva em Grand Slams”.

“É um marco muito especial para mim e algo que vou lembrar para sempre. Ajuda a consolidar-me um bocadinho mais para o resto do ano”, admitiu.

Depois, falou dos objetivos para a temporada, com destaque para uma eventual participação nos Jogos Olímpicos Paris2024.

“Acabei de concretizar o objetivo que já tinha em mente, o top 50. Participar nos Jogos Olímpicos era uma oportunidade incrível. Estou mais focado nisso. Adoraria poder jogar”, desejou.

Sobre o vencedor em Melbourne Park, Borges não surpreendeu na resposta: “[Djokovic] é o grande favorito. Já ganhou 10 vezes. À melhor de cinco sets, é quase imbatível”.

O maiato tornou-se no segundo tenista português entre os 16 melhores jogadores de um ‘major’ – e o primeiro em Melbourne Park -, depois de João Sousa ter chegado à quarta ronda no Open dos Estados Unidos, em 2018, e em Wimbledon, em 2019, e explicou o porquê de os resultados estarem a aparecer agora.

“[É] normal os jogadores atingirem o pico nesta altura, entre os 25 e os 30 [anos]. Desenvolvemos mais a capacidade física ao nosso máximo e faz-se sentir no nosso jogo. Também comecei a carreira um bocadinho mais tarde e é normal que os resultados comecem a aparecer mais agora e não há três anos, quando estava tudo a começar”, concluiu.