O tenista português Nuno Borges atingiu esta semana o 150.º lugar na hierarquia mundial ATP, o seu melhor ‘ranking’ de sempre, e diz que teve de “trabalhar muito duro” para atingir este nível, sendo que ambiciona mais.
“No geral, estou muito contente por ter chegado aqui. Parece que esta caminhada tem sido rápida, tenho subido quase todas as semanas, mas não posso dizer que esteja surpreendido. Foi rápido, mas não foi do dia para a noite”, afirmou à agência Lusa o jovem maiato, de 25 anos.
Nuno Borges, número dois português, logo atrás de João Sousa, que ocupa a 82.ª posição no ‘ranking ATP, estava fora dos 400 primeiros do mundo em janeiro de 2021, mas, desde então, tem vindo a escalar a hierarquia mundial, conquistando, em dezembro, o seu primeiro título no ATP Challenger Tour, em Antalya, Turquia.
“Passando pelas várias etapas e pelo processo, não me tenho surpreendido a mim mesmo. Acho que surge do trabalho que está por detrás. Para chegar ao ‘top 150’, tive de trabalhar muito duro, além do meu querer e da minha ambição, que me permitiram competir nestes torneios e estar neste nível agora. Acho que estou onde mereço estar, mas quero mais e espero poder subir ainda mais”, partilhou o tenista.
Os maiores desafios neste percurso, segundo Borges, são as lesões. Em maio de 2021, fez uma entorse no pé esquerdo, que o obrigou a desistir nas meias-finais no Oeiras Open IV, e, em julho, contraiu uma mazela no pé direito, no ‘challenger’ de Perugia, em Itália, numa época em que chegou, ainda assim, a disputar três finais de torneios do ATP Challenger Tour (derrota no Oeiras Open II, vitória em Antalya e derrota no Maia Open II).
“As lesões são o maior desafio e já me lesionei uma ou outra vez. Felizmente, agora estou saudável e pronto para competir. Mas, competir semana após semana, em sítios diferentes, contra jogadores diferentes, é um grande desafio. Os jogadores, neste nível, são sempre muito bons, não há encontros fáceis nos ‘challengers’ e daqui para cima menos ainda. Espero, ainda assim, superar mais torneios destes e chegar longe para poder um dia começar a consolidar-me no circuito ATP”, avançou.
Apesar de garantir não ter “nenhum objetivo em concreto em termos de ‘ranking’”, embora não coloque “limites”, Nuno Borges confessa a ambição de se estrear em quadros principais do Grand Slam, depois de ter falhado o Open da Austrália, no início do ano, por ter contraído o coronavírus.
“Gostava de participar nos torneios do Grand Slam este ano. Gostava de entrar num quadro principal a passar no ‘qualifying’. Penso mais nisso do que no ‘ranking’. Não coloco metas, vou fazendo o caminho e, para já, sinto que estou bem e vou à procura de mais. E acredito que posso ir mais longe”, rematou Borges.
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