O diretor do Estoril Open, João Zilhão, realçou hoje o “esforço hercúleo” que a organização fez, não só para manter o torneio em Portugal, mas para tê-lo pronto a tempo e horas no Clube de Ténis do Estoril.
“Se não tivéssemos arriscado, este evento teria fugido e dificilmente teria regressado a Portugal”, reconheceu João Zilhão, referindo-se ao “esforço hercúleo” feito pela 3Love, uma empresa que nasceu da conjugação de esforços da U.Com, empresa sedeada na Alemanha especializada na comunicação e organização de eventos, do empresário holandês e ex-tenista Benno Van Veggel e da Polaris Sports, do empresário Jorge Mendes.
Feliz por ter ‘salvado’ o principal torneio de ténis português, o diretor da prova, que se disputa entre 27 de abril e 03 de maio, assumiu que o maior desafio que a organização enfrentou foi “montar o puzzle” da competição no Clube de Ténis do Estoril.
“Este clube não estava preparado para um torneio desta dimensão. Tivemos de encontrar neste clube, alterando muita coisa, uma solução, que não era evidente, para o torneio acontecer. Foram precisas muitas obras, tanto no clube, como nos espaços envolventes. Os campos não tinham as dimensões certas, os postes de iluminação estavam longe dos ‘courts’ e não eram suficientes. Por exemplo, para filmar em HD, à noite, tivemos de dotar o court de iluminação específica. Foi preciso muito investimento”, admitiu em conferência de imprensa.
De acordo com Zilhão, os três milhões de euros serão a verba mais fiável para quantificar o orçamento global do torneio, prémios para os jogadores já incluídos. “Nem tudo é pago em ‘cash’. Há contrapartidas para os ‘sponsors’ que não podemos quantificar”, explicou.
Realçando que este ano o esforço foi maior porque foi preciso dotar o Clube de Ténis do Estoril de infraestruturas, exigidas no caderno de encargos da Associação de Tenistas Profissionais (ATP), o diretor da prova destacou o facto de a organização ter preferido pagar “muita coisa antecipadamente para mostrar que as coisas vão ser pagas a tempo e horas”,
“O futuro passa por aqui [pelo Clube de Ténis do Estoril]”, defendeu Benno Van Veggel, que garantiu que os organizadores querem “fazer este torneio” para o resto das suas vidas.
O empresário holandês foi taxativo quanto a perguntas sobre o passado, referindo que este Estoril Open não é comparável com o outro torneio que existiu anteriormente no Complexo do Jamor, em Oeiras.
“O conceito é diferente: queríamos mesmo o Estoril. Queríamos um torneio em que se vê a serra e o mar”, completou.
Ressalvando que se tivessem mantido o torneio no mesmo local teria havido sempre comparações, João Zilhão voltou a referir que o Estoril Open tem uma nova identidade e deu um exemplo concreto para acabar com todas as dúvidas: “Quem ganhar aqui é o primeiro campeão”.
“Sentimos que viemos para aqui e queremos continuar muitos anos”, concluiu, confessando que, para si, um sonho seria ter uma sessão esgotada (um dia em que todos os bilhetes fossem vendidos) e um cenário idílico passaria por ter João Sousa ainda em prova a 01 de maio.
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