O sérvio Novak Djokovic e o espanhol Rafael Nadal são novamente apontados como os principais candidatos a vencer o Open da Austrália em ténis, que decorre entre 20 de janeiro e 02 de fevereiro.
Campeão em título, em final ganha precisamente frente a Nadal, Djokovic, que na temporada passada ainda triunfou no Masters 1000 de Madrid, em Wimbledon, no ATP 500 de Tóquio e no Masters 1000 de Paris, é o favorito a alargar o seu domínio na Austrália, torneio do qual é o recordista com sete vitórias, contra apenas uma de 'Rafa'.
O sérvio detém 68 triunfos e oito derrotas nos Antípodas e a vantagem no confronto direto com Nadal, com quem nunca perdeu na Austrália, e com o suíço Roger Federer, terceiro do 'ranking' e com quem só perdeu uma única vez em Melbourne, em 2007.
"Já tive alguns encontros emocionantes. Provavelmente os dois mais épicos foram a final contra o 'Rafa' aqui, em 2012, que quase chegou às seis horas, e contra o Roger em Wimbledon, no ano passado. Mas, em termos de performance e qualidade de ténis, a final do ano passado com o 'Rafa' foi a melhor", frisou o detentor de 16 títulos do 'Grand Slam'.
Djokovic vai estrear-se frente ao alemão Jan-Lennard Struff (37.º ATP) e, de acordo com o sorteio, antes de eventualmente encontrar Roger Federer nas meias-finais, poderá defrontar o grego Stefanos Tsitsipas (6.º ATP) ou o espanhol Roberto Bautista-Agut (9.º) nos quartos de final.
Já o espanhol, apesar de ter perdido a final do ano passado, chegou ao final da temporada na liderança do 'ranking', depois de ter somado quatro triunfos, dois dos quais em torneios do 'Grand Slam', Roland Garros e US Open, atingindo o seu 19.º 'major', a apenas um do recordista, Roger Federer.
Colocado na metade oposta do quadro em relação a Djokovic, o líder do 'ranking' mundial terá como primeiro adversário o boliviano Hugo Dellien e pode, caso passe à ronda seguinte, defrontar o português João Sousa, que medirá forças na ronda inaugural com o argentino Federico Delbonis, de 29 anos.
Se seguir em frente, Nadal ainda poderá encontrar o australiano Nick Kyrgios (26.º ATP) na quarta ronda ou o austríaco Dominic Thiem (5.º ATP) nos quartos de final. Caso seja bem-sucedido, o desafio seguinte de Nadal poderá ser uma meia-final com o russo Dannil Medvedev (4.º ATP) ou com o germânico Alexander Zverev (7.º), dois dos jovens jogadores que, a par de Thiem e Tsitsipas, estão mais próximos, segundo Djokovic, de ameaçar o domínio do 'Big 3'.
Já Federer, terceiro classificado do 'ranking', atrás do sérvio, aponta os dois líderes mundiais como os grandes favoritos à vitória e também diz acreditar que ambos poderão superar o seu recorde de 20 'majors'.
"Parece-me óbvio que o 'Rafa' e o Novak vão ganhar mais títulos do que eu, porque são muito bons. E a época que tiveram [2019] mostra que há mais para vir. Será entusiasmante ver o quão mais longe conseguem chegar. Quantos mais vão conseguir vencer? Podem ter mais alguns anos incríveis pela frente", assumiu Federer, em entrevista à Associated Press.
Apesar dos seis triunfos em Melbourne, onde conquistou o seu último título do 'Grand Slam' em 2018, Roger Federer tem 38 anos, uma idade em que nunca nenhum jogador ganhou um 'major' na era profissional, e poderá ainda defrontar Novak Djokovic nas meias-finais deste ano.
Na competição feminina, a norte-americana Serena Williams apresenta-se como uma das principais candidatas ao troféu, sobretudo após a sua primeira vitória, conquistada recentemente em Auckland, depois de ter sido mãe, em 2017.
Com 23 troféus do 'Grand Slam', Serena Williams, de 38 anos, tem na japonesa Naomi Osaka, campeã em título, na australiana Ashleigh Barty, na checa Karolina Pliskova e na romena Simona Halep as principais rivais na Austrália, onde Bianca Andreescu, vencedora do último 'major', não vai marcar presença, tal como o britânico Andy Murray, o australiano Alex de Minaur e o japonês Kei Nishikori.
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