O tenista sérvio Novak Djokovic marcou hoje encontro com o francês Lucas Pouille nas meias-finais do Open da Austrália, num dia em que Serena Williams, principal candidata à conquista do título em Melbourne, foi eliminada por Karolina Pliskova.

O número um mundial não precisou de despender muita energia para garantir a qualificação para a fase seguinte, uma vez que o japonês Kei Nishikori, após ter pedido assistência em ‘court’, acabou por desistir, depois de ter sido assistido à coxa direita, quando o marcador registava 6-4 e 4-1, no segundo ‘set’.

Depois de ter disputado três dos quatro encontros anteriores em cinco ‘sets’ – apenas com João Sousa conseguiu resolver em três partidas -, o nipónico e nono colocado do ‘ranking’ ATP não conseguiu recuperar fisicamente das 13 horas e 47 minutos passadas em ‘court’ e muito menos acompanhar o ritmo intenso do sérvio.

Consumada a vitória e a presença nas meias-finais, 11 anos depois de ter conquistado o primeiro dos seus seis títulos no Open da Austrália, Djokovic vai defrontar agora o francês Lucas Pouille, responsável pela eliminação de Milos Raonic.

O gaulês (31.º ATP), que nunca havia ganho um encontro em Melbourne Park, precisou de três horas na Rod Laver Arena para bater o canadiano e 16.º cabeça de série, pelos parciais de 7-6 (7-4), 6-3, 6-7 (2-7) e 6-4, e garantir uma vaga no grupo dos quatro finalistas de um torneio do Grand Slam, pela primeira vez na carreira.

A grande surpresa da jornada feminina, por sua vez, foi protagonizada por Serena Williams que acabou derrotada pela checa Karolina Pliskova, em três ‘sets’, pelos parciais de 6-4, 4-6 e 7-5, depois desta ter estado a perder no terceiro ‘set’, por 5-1 e 40-30 no serviço da norte-americana e 16.ª do ‘ranking’ WTA.

Num encontro equilibrado, repleto de emoção e algum drama, Serena Williams, que procurava o oitavo título em Melbourne Park, cometeu uma falta de pé no ‘match point’ (5-1 com 40-30), torceu o tornozelo esquerdo na troca de bolas e, embora tenha tido mais três pontos de encontro, não converteu nenhum, e permitiu a qualificação da adversária, pela primeira vez na carreira, para as meias-finais do Open da Austrália.

“Não tive muitas chances no terceiro ‘set’, mentalmente estava um bocadinho em baixo. De repente, surgiu uma oportunidade. É assim o ténis, precisas de sorte porque isto não acontece muitas vezes, talvez uma vez na vida”, reconheceu Pliskova, enquanto a norte-americana atribuía total mérito à adversária: “Jogou de forma inacreditável nos ‘match points’. Fui agressiva, mas ela jogou para as linhas e até fez um ás.”

A próxima adversária de Pliskova, número oito da hierarquia mundial, é a japonesa Naomi Osaka (quarta WTA), que eliminou a ucraniana Elina Svitolina, por 6-4 e 6-1, para se estrear entre as quatro finalistas do primeiro ‘major’ da temporada.

Na competição de pares, o finlandês Henri Kontinen e o australiano John Peers levaram a melhor diante o britânico Jamie Murray e o brasileiro Bruno Soares, por 6-3 e 6-4, e marcaram encontro com o português João Sousa e o argentino Leonardo Mayer, naquele que será o primeiro desafio das meias-finais na Rod Laver Arena, agendado para a meia noite em Portugal Continental.