O ‘capitão’ Nuno Marques considerou hoje que Portugal tem hipóteses de ganhar à Áustria, na primeira eliminatória do Grupo I da Zona Europa/África da Taça Davis em ténis.

“É uma equipa muito forte, mas sabemos que temos hipótese de ganhar. Vai ser uma eliminatória igualada, mas podemos ter vantagem com estas condições”, defendeu o selecionador nacional

Nuno Marques, que curiosamente se estreou na Taça Davis com a Áustria, em 1986 – “o meu primeiro encontro de singulares foi contra o Thomas Muster” -, acredita que Portugal vai conseguir reverter a tendência de derrotas com os austríacos, que somam três triunfos em igual número de eliminatórias.

“A adaptação tem sido boa, as condições estão próximas do que queríamos”, concluiu o ‘capitão’.

A jogar em casa, João Sousa não podia estar mais orgulhoso: “Não sinto pressão. Sinto-me confortável, para mim é um orgulho poder representar Portugal, sendo em Guimarães ainda há mais aquele ‘plus’ de motivação”.

O número um nacional e 37.º jogador mundial acredita que Portugal pode fazer uma eliminatória muito positiva, sobretudo se o público acorrer em grande número ao Pavilhão Vitória Sport Clube.

“O fator casa vai ser fundamental para o desfecho desta eliminatória. Se jogarmos bem, o fator casa vai ser importante para ganharmos. A Áustria tem uma equipa muito forte, que vem para vencer e nós vamos estar preparados. O Dominic [Thiem] vem com muita confiança, mas nós jogamos em casa”, salientou.

Chegado de um périplo bem-sucedido pela terra batida sul-americana, Gastão Elias adaptou-se melhor do que estava à espera ao piso rápido do complexo vimaranense.

“Desde o primeiro treino que senti bem a bola. Mentalmente já estava preparado para estas condições. É um estilo de jogo diferente, mas durante a minha vida treinei muito tempo em rápido. Era piso rápido de manha à tarde, todos os dias. Sinto-me como um peixe dentro de água”, brincou.

O número dois português ainda tem bem fresco na memória o seu último encontro com Dominic Thiem, 14.º tenista ATP. Os dois cruzaram-se na segunda ronda do torneio de Buenos Aires, com Elias a desperdiçar um match-point, para perder por 3-6, 7-6 (9-7) e 6-3.

“Pode-se esperar muita coisa dele. Acaba de ganhar dois torneios. Joguei com ele em terra batida, em condições lentas, que acho eu que é o piso em que ele melhor joga… quer dizer, depois da semana passada também não tenho tanto a certeza. O que se pode esperar de um jogador que é top 15? Mas na Taça Davis, não se ganha sozinho. Penso que somos uma equipa equilibrada”, analisou o 121.º jogador ATP.

De regresso à equipa após três anos de ausência está Pedro Sousa, que depois de um longo calvário com lesões, voltou ao seu melhor nível e foi chamado por Nuno Marques.

“Não estava à espera de ser já chamado, esperava um dia voltar a contar para o Nuno, mas não que fosse já este ano, mas fiquei muito contente. É sempre um prazer jogar pelo meu país”, reconheceu.

A primeira eliminatória do Grupo I da Zona Europa/África da Taça Davis decorre entre sexta-feira e domingo, no Pavilhão Vitória Sport Clube, em Guimarães.

A seleção portuguesa, capitaneada por Nuno Marques, é composta por João Sousa, Gastão Elias, Frederico Silva e Pedro Sousa.