O tenista espanhol Rafael Nadal emocionou-se até às lágrimas após conquistar Roland Garros pela 13.ª vez e reconheceu que preparar o torneio este ano "custou muito" e que "foram meses complicados".

"A maioria das pessoas vê-me com o troféu levantado e pensa 'voltou a ganhar', mas o meu dia a dia é mais complicado que isso, sei de onde venho, sei que após a paragem foram meses muito complicados, coisas que ninguém soube, a nível físico", disse, depois de derrotar o sérvio Novak Djokovic.

Nadal refere que "custou muito voltar a treinar a nível adequado" e que "foram muitos meses de trabalho sem recompensa". "Agora que a tenho, é normal que me emocione", disse.

O tenista espanhol referiu-se a esta vitória como "uma das mais que mais" saborosas, pelas condições ditadas pela pandemia de covid-19, que levarem a que o torneio parisiense do Grand Slam fosse atrasado cerca de cinco meses.

"O meu corpo responde mal ao frio e já está algo desgastado, mas a minha atitude foi perfeita, desde o primeiro treino, sem um gesto ou uma má cara, sempre à procura de opções de ganhar. E não me falhei a mim mesmo", disse o tenista, minutos depois de se impor ao adversário sérvio por 6-0, 6-2 e 7-5.

Apesar desses números, referiu que o jogo esteve "equilibrado" e que o seu adversário teve oportunidades em vários sets. No entanto, admitiu que os dois primeiros sets foram os melhores que jogou numa final de Roland Garros.

"Fiz 'demasiadas' coisas bem e empurrei-o para cometer erros. Eu fiz tudo perfeito, hoje é mais mérito meu do que demérito dele, foi uma das melhores finais que joguei em Roland Garros". disse ainda, acrescentando: "o meu nível foi melhorando ao longo do torneio e na meia-final estava com as melhores sensações".

Sobre o 20.º torneio do ‘Grand Slam’ conquistado, que iguala o registo do suíço Roger Federer, defende que não olha a estatísticas, mas que gostaria de terminar a carreira como o tenista como mais torneios daquele nível ganhos. "os dois continuamos a jogar, há que ver o que se vai passar", acrescenta.