Não há tenista tão bem-sucedido num torneio do Grand Slam como o espanhol Rafael Nadal em Roland Garros, onde, este ano, vai tentar conquistar o 14.º troféu no pó de tijolo parisiense e o 21.º ‘major’ da carreira.
Considerado o ‘rei da terra batida’, o esquerdino de Manacor, de 34 anos, volta a Paris para defender o cetro com a possibilidade de bater o recorde de 20 títulos do Grand Slam, que partilha com Roger Federer, de 39 anos, naquele que será o regresso do suíço a Roland Garros, após a última presença em 2019.
Em 16 participações no segundo ‘major’ da temporada, desde 2005, o número três mundial só não atingiu o sucesso em três ocasiões, em 2009 quando perdeu frente ao sueco Robin Soderling, em 2015 diante do sérvio Novak Djokovic e no ano seguinte por lesão, mas este ano a tarefa não se avizinha fácil, uma vez que já foi derrotado por vários jogadores desde o início da temporada de terra batida.
Depois de ceder nos quartos de final do Masters 1.000 de Monte Carlo perante o russo Andrey Rublev, o antigo número um do mundo conquistou o 12.º título do torneio de Barcelona, batendo na final o grego Stefanos Tsitsipas, mas voltou a ser eliminado no acesso às meias-finais do Masters 1.000 de Madrid pelo alemão Alexander Zverev.
Ainda assim, o espanhol ganhou o torneio de Roma pela 10.ª vez, igualando os 36 títulos Masters.1000 do número um mundial, Novak Djokovic, e chega como principal favorito à vitória em Roland Garros, que, entre 30 de maio e 13 de junho, voltará a contar com a presença (limitada) de público, devido à pandemia da covid-19, e terá a estreia de sessões noturnas.
Entre os principais rivais de Nadal está o líder do ‘ranking’ ATP, que conquistou no início do ano, pela oitava vez, o Open da Austrália, 18.º ‘major’ da carreira, e continua na perseguição pelo recorde de troféus do Grand Slam.
Apesar de ter perdido a final do Masters.1000 de Roma para Nadal, com que mdisputou a final de Roland Garros em 2020, o tenista de Belgrado, de 34 anos, sabe o que é ganhar no ‘court’ Philippe Chatrier, onde se sagrou campeão em 2016.
Assim como o sérvio, o grego Stefanos Tsitsipas (5.º), campeão do Masters 1.000 de Monte Carlo e do torneio de Lyon, o austríaco Dominic Thiem (4.º), duas vezes finalista em Paris, em 2018 e 2019, e Alexander Zverev, que este ano já conquistou o torneio de Acapulco e o Masters 1.000 de Madrid, serão outros dos maiores desafios do espanhol.
Entre os principais ausentes de Roland Garros, que terá em João Sousa o único português no quadro principal, destaque para o canadiano Denis Shapovalov, o suíço e antigo campeão Stanislas Wawrinka e o australiano Nick Kyrgios.
Na competição feminina, a jovem polaca Iga Swiatek, de 19 anos, é apontada como a principal candidata e com fortes possibilidades de revalidar o título alcançado na edição anterior, sobretudo depois de vencer em Roma o segundo troféu da época, terceiro da carreira.
Depois de se estrear há duas semanas no ‘top 10’ do ‘ranking’ WTA, a número nove mundial vai ter, este ano, rivais de peso, uma vez que a número um mundial, a australiana Ashleigh Barty, estará de volta a Roland Garros, onde se sagrou campeã em 2019, após a ausência em 2020, devido à pandemia de covid-19, assim como a japonesa Naomi Osaka (2.ª), campeã nos últimos dois ‘majors’ que disputou, o Open dos Estados Unidos, em 2020, e o Open da Austrália em fevereiro.
Tal como Barty e Osaka, Iga Swiatek ainda terá de ter especial atenção às pretensões da espanhola Garbiñe Muguruza (13.ª), campeã em 2016, e da norte-americana Serena Williams, vencedora em 2002, 2013 e 2015, que continua a perseguir o 24.º título do Grand Slam da carreira, numa edição que não contará com a presença da romena Simona Halep, número três mundial e campeã em 2018, que, lesionada, não pisará o pó de tijolo parisiense.
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