O ‘capitão’ português, Rui Machado, elogiou o “profissionalismo e companheirismo” dos seus jogadores, destacando o ambiente “excelente” que os tenistas portugueses construíram na Taça Davis, fundamental para o triunfo frente ao Brasil.
“Tive à disposição grandes jogadores. Não só são grandes jogadores como são grandes profissionais. Não só souberam portar-se muito bem dentro do campo, como foram capazes de construir um ambiente excelente. E isso conta. Joguei Taça Davis durante muitos anos e este ambiente que se viveu na Maia [na eliminatória anterior], que se viveu aqui, faz a diferença”, defendeu, em conferência de imprensa.
O selecionador nacional quis deixar “uma palavra de agradecimento aos jogadores pelo profissionalismo e companheirismo que tiveram” durante o inédito duelo com o Brasil, que acabou com uma vitória portuguesa por 3-1 e com o apuramento para a fase de qualificação das Finais da Taça Davis da próxima temporada.
“Depois, [quero] dizer que ganhámos a uma grande equipa, não ganhámos a uma equipa qualquer. É um país com um histórico na Taça Davis muito importante e com excelentes jogadores. Podíamos ter perdido perfeitamente, mas não perdemos porque fomos melhores”, reforçou.
Rui Machado enalteceu os “excelentes encontros” dos seus ‘pupilos’, inclusive o de pares, perdido por Francisco Cabral e Nuno Borges.
“Escapou-nos [por] alguns detalhes, nalguns momentos do jogo. Podíamos ter ganho perfeitamente esse jogo, como podíamos ter perdido ontem [sexta-feira] o segundo singular. O Nuno demonstrou, mais uma vez, que é um excelente jogador, talhado para jogar Taça Davis e jogar estes momentos, e que sabe jogar pela equipa e fez a diferença”, elogiou.
O ‘capitão’ estendeu os elogios a Gastão Elias e Frederico Silva, que “não jogaram esta eliminatória, mas sabem que são uma opção” e que não estão na seleção “para fazer número”, e ainda a João Sousa, notando o privilégio que poder abdicar de um ótimo jogador de pares, por ter dois ‘top 100’ mundial da variante.
“Ter o João Sousa a jogar o 2-1 fresco não é para todos os ‘capitães’. Só faltou eu ter vindo de fato para ver este espetáculo”, brincou.
Antes, já Jaime Oncins tinha passado pela sala de conferências de imprensa do Centro Cultural de Viana do Castelo para analisar a prestação da sua equipa, mostrando-se satisfeito com a atitude dos seus jogadores, apesar da derrota frente a Portugal.
“Na minha opinião, a minha equipa é uma equipa em formação. Estava a falar no balneário e temos dois jogadores acima dos 25 anos […]. Este encontro serviu para entenderem o que é a Taça Davis, o que é jogar fora de casa. Eles tinham de lidar com a pressão, uns sentiram um pouco mais, outros um pouco menos, mas já foi uma experiência para levarem para um próximo confronto”, avaliou.
O ‘capitão’ brasileiro disse sair “com orgulho” da sua seleção, que lutou sempre dentro “das suas limitações” para recuperar da desvantagem de 2-0 com que chegou ao segundo e último dia da eliminatória.
“O importante é ter essa atitude de competir bem, de lutar. Então, eu saio contente por eles”, resumiu.
Também o presidente da Federação Portuguesa de Ténis (FPT), Vasco Costa, passou pela sala de conferências de imprensa para manifestar o seu contentamento e perspetivar o possível momento histórico de Portugal, que, pela quarta vez na sua história, vai lutar pela presença no grupo da elite da principal prova por seleções, agora denominado Finais da Taça Davis.
“Primeiro, era realizar um sonho não só dos jogadores, mas da própria FPT, que nunca esteve nas Finals de uma Taça Davis. Estes jogadores merecem pelo seu empenho. Temos visto ao longo dos últimos anos que todos os jogadores têm muito empenho e vontade de representar a seleção nacional, não acontece em muitos países. Para eles, seria um prémio muito interessante”, reconheceu.
Vasco Costa lembrou que Portugal só ficará a conhecer o seu adversário em novembro, mas assumiu que este irá ditar tudo. “Primeiro, a vontade é jogar em casa e, depois, dentro das equipas, uma que não seja imbatível”, concluiu.
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