João Sousa e Gastão Elias assumiram hoje que preferem que jogar com a Suíça, em casa e sem Roger Federer e Stanislas Wawrinka, no ‘play-off’ de acesso ao Grupo Mundial da Taça Davis em ténis.

“Se Federer e o Wawrinka não vierem, acredito que a Suíça será o mais acessível. Vai ser uma eliminatória duríssima, se for em casa seria melhor, fora será mais complicado”, analisou João Sousa, já depois de Gastão Elias afirmar perentoriamente que se Portugal jogasse com a seleção helvética em solo nacional, as duas estrelas não viriam.

Os dois melhores tenistas portugueses atreveram-se a antever o desfecho do sorteio, que vai acontecer na terça-feira, em Londres.

Portugal deverá encontrar – a confirmação acontecerá na segunda-feira, na atualização dos ‘rankings’ das nações – uma das oito seleções que perderam na primeira ronda do Grupo Mundial esta temporada.

Caso o sorteio defina que o adversário é a Suíça, a Croácia, a República Checa ou a Rússia, o ‘play-off’ será disputado em Portugal, uma vez que o anterior confronto entre ambas as seleções aconteceu fora. Se o opositor for a Argentina, o Canadá, o Japão ou a Alemanha, o local do frente-a-frente terá de ser decidido também por sorteio.

“Poderia dizer que são todos muito fortes. As eliminatórias em casa têm corrido bem. A nossa equipa vai buscar muita força ao apoio do público nas eliminatórias em casa. Mas a nossa equipa é muito forte. As probabilidades de jogar em casa são muito elevadas, isso era ótimo.

Se me dessem a possibilidade de escolher, escolhia uma em que pudéssemos jogar em casa. Diria: Venha quem vier, mas jogamos em casa”, assumiu o ‘capitão’ Nuno Marques.

Elias, que ficou sem palavras quando lhe perguntaram se seria mais fácil chegar ao Grupo Mundial ou ver o Sporting campeão nscional de futebol, acredita que Portugal pode vir a fazer história.

“Acho que vai depender muito do sorteio, há países bem mais acessíveis do que outros. Se jogarmos em Portugal, que é numa data depois do Open dos Estados Unidos, e provavelmente escolhermos terra, acredito que muitos jogadores de topo não queiram vir até aqui. Temos de esperar até terça-feira para saber”, argumentou.

O número dois nacional, que desde há três anos alimenta o sonho do ‘play-off’ acontecer no Campo Pequeno, em Lisboa, salientou que a data é muito favorável para a seleção nacional, caso no sorteio saia um adversário ‘caseiro’.

“Não acredito que depois do US Open haja muita gente com vontade de vir cá jogar em terra batida”, concluiu.

Já João Sousa defendeu que o Meo Arena só seria uma boa opção se estivesse lotado. “Se não encher, não vale a pena. Tem havido uma grande adesão à Davis, ter um estádio cheio a jogar em casa é uma coisa muito bonita”, terminou.