O tenista italiano Jannik Sinner, número um mundial, rejeitou a ideia de ter recebido tratamento preferencial das autoridades antidopagem, na sequência da suspensão de três meses que está a cumprir.

“Fui um pouco criticado por alegadamente ter tido um tratamento diferente, mas isso não é verdade. Ninguém tem um tratamento preferencial”, afirmou o jogador em entrevista à televisão italiana (RAI).

Jannik Sinner, de 23 anos, sublinhou que não quer responder ou reagir aos críticos, que “são livres de dizer o que quiserem e de criticar”.

“Para mim, o que conta é que eu sei o que se passou, mas é difícil e não desejo a ninguém inocente que tenha de passar pelo que eu passei”, disse o transalpino, vencedor da última edição do Open da Austrália, primeiro ‘Grand Slam’ do ano.

O italiano testou positivo para clostebol em março de 2024, mas alegou que a presença desse anabolizante nas suas amostras se deveu a uma contaminação acidental, devido a uma massagem feita por um membro da sua comitiva.

Inicialmente, o líder do ranking ATP foi ilibado pela Agência de Integridade do Ténis (ITIA), decisão revertida após contestação da Agência Mundial de Antidopagem (AMA) perante o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS), que solicitou uma suspensão de um a dois anos.

No início de fevereiro, Sinner e a AMA concluíram um acordo para uma suspensão de três meses, que será concluída em 04 de maio. Esse acordo foi criticado por vários atletas, em atividade ou já retirados, como a nadadora italiana Federica Pellegrini.

Apesar da suspensão, o italiano manteve a liderança do ranking ATP, estando o seu regresso previsto para o Masters 1.000 de Roma, que tem início em 07 de maio.

“Foi difícil aceitar a suspensão de três meses, pois, na minha opinião, não fiz nada de errado”, frisou.