O tenista norte-americano Frances Tiafoe assumiu hoje que não teria chegado à final do Estoril Open sem o apoio do público, prometendo regressar ao torneio no qual foi duas vezes finalista derrotado.

“Não teria chegado à final sem o público. Sinto-me muito melhor agora, mas, no início da semana, estava bastante doente. Na primeira ronda, pensei em retirar-me, o público ficou comigo e foi aí que começou [o ‘idílio’]. Nos ‘quartos’ e ‘meias’, foi simplesmente uma atmosfera louca, com ténis de alto nível”, resumiu, após ter perdido em dois ‘sets’ com o argentino Sebastián Báez.

Depois de ter derrotado dois “grandes jogadores", Alejandro Davidovich e Sebastian Korda, respetivamente nos quartos e nas meias-finais, em duas ‘maratonas’ de três horas, Tiafoe encontrou um jovem argentino que hoje “jogou bem”.

“Foi o melhor jogador. Claro que eu estava bastante morto... Estive um pouco lento e ele fez um bom trabalho a mover-me de um lado para o outro. Era decisivo ter feito aquele segundo ‘break’ no primeiro ‘set’ e ele ganhou uma vida nova depois disso. Mas dei tudo esta semana”, declarou.

Com o ‘romance’ com o público português ao rubro, o norte-americano de 24 anos assumiu que “adorava voltar ao Estoril”.

“Fiz final duas vezes, mas nem é isso o mais importante. É absolutamente louco, isto é divertido. Os resultados são irrelevantes, estou a bater pancadas loucas, pessoas aos gritos. É incrível. As pessoas ficam entusiasmadas por ver bom ténis, gostam de ser entretidas e o ténis é isto. O ténis é entretenimento. Espero que o dinheiro que gastaram esta semana tenha sido bem gasto”, brincou o 29.º jogador mundial.

Instado a comentar a coincidência entre as suas presenças na final no Clube de Ténis do Estoril e os títulos portugueses no único ATP disputado em Portugal – em 2018, foi ‘testemunha privilegiada’ do título de singulares de João Sousa e, hoje, estava no recinto quando Nuno Borges e Francisco Cabral ergueram o troféu de pares -, o divertido norte-americano defendeu que é ele o talismã dos jogadores nacionais.

“Duas vezes que cheguei à final e os portugueses ganharam. Acho que sou eu!”, 'disparou'.

Tiafoe abordou ainda a sua entrada no ‘top 25’, que representa o melhor ‘ranking’ da sua carreira.

“Agora, quero entrar no ‘top 20’. Quero aproximar-me do ‘top 10’. Há sete ou oito anos que ando a jogar. Estou na segunda parte da minha carreira e quero dar um salto. Ainda há muito para crescer em cada semana. Quero estar mais perto do topo do jogo. Preciso de exibições melhores do que as de hoje”, concluiu.