A Federação Portuguesa de Vela vai recorrer da decisão do Tribunal Cível de Lisboa, que ordenou a suspensão das deliberações tomadas na última Assembleia-Geral eleitoral, após uma providência cautelar movida por três associações.

O presidente da Federação Portuguesa de Vela, José Manuel Leandro, garantiu que avançará com um recurso da decisão da 12.ª Vara Cível de Lisboa, embora o gabinete jurídico do organismo ainda esteja a ponderar os termos do documento.

«Não há irregularidade nenhuma. Estou de consciência absolutamente tranquila», acentuou o presidente da Federação de Vela, que classificou a providência cautelar como «mais um esquema” para o “obrigar a entregar as chaves e ir embora da federação».

José Manuel Leandro assegurou, contudo, que caso seja detetada qualquer irregularidade, a federação corrigi-la-á.

A decisão do tribunal foi divulgada quarta-feira à agência Lusa pelo presidente da Associação Portuguesa de Regatas (APR), Nuno Henriques, um dos proponentes da providência cautelar, que contestam a legalidade do colégio eleitoral que elegeu os atuais órgãos sociais.

«A nossa providência cautelar suspendeu o ato eleitoral, mas não o cancelou. Já requeri ao meu advogado para entrar com a ação principal para a anulação do ato eleitoral», disse Nuno Henriques à Lusa.

A Associação Portuguesa de Regatas, juntamente com a Associação Regional de Vela da Madeira e a Associação Portuguesa da Classe Laser, requereu ao tribunal uma ação fundamentada naquilo que entendem ser ilegalidade da constituição do colégio eleitoral da Assembleia-Geral (AG) de 18 de outubro de 2012.

Com a decisão, o tribunal suspende as deliberações tomadas na referida AG, concretamente a eleição dos corpos sociais para o quadriénio 2013/2016, em que José Manuel Leandro foi eleito presidente da direção.

No entanto, a decisão apenas suspende o ato, não o cancelando, pelo que é preciso a entrada de um novo processo que requeira a anulação das eleições.