A falta de vento em Haia anulou na sexta-feira a maioria das regatas dos Mundiais de vela, incluindo as quatro em que iam participar portugueses, pelo que a seleção teve um dia em branco nos Países Baixos.
Se nos kites hoje era o último dia de competição e o programa ficou privado das derradeiras quatro regatas, já em ILCA 7 e ILCA 6 faltaram cumprir as duas decisivas, assim adiadas para sábado, dia de reserva, quando Eduardo Marques tentará ascender duas posições por países e Vasileia Karachilou manter a excelente posição rumo a Paris2024.
Eduardo Marques é 29.º da geral, contudo, no ranking particular de apuramento olímpico – apenas um barco por país e a organizadora França não conta -, está em 18.º, a dois lugares dos 16 primeiros, premiados com o ingresso para Paris2024.
No caso dos ILCA, há quatro fases de classificação, sendo que no próximo Europeu há mais duas vagas, nos mundiais sete e na semana olímpica de Hières, em França, em 2024, as restantes três.
A grega Vasileia Karachilou, que compete por Portugal mediante autorização especial da Federação Mundial de Vela, está em situação bem mais confortável, uma vez que é nona no Mundial, partindo sábado para as duas provas com folgada margem para a 17.ª nação.
Se persistir a falta de vento, não só assegura imediatamente a ida aos Jogos como vai à ‘medal race’ de domingo, para os 10 mais fortes até aqui.
Ainda assim, a vice-campeã da Europa só poderá representar Portugal nos Jogos caso obtenha o passaporte até março de 2024, não o conseguindo, a vaga será realocada para outro país.
Em kite, não se cumprindo os quatro percursos previstos, e sem qualquer dia de reserva, usado para prevenir uma tempestade ou jornada sem vento, prevaleceram os resultados de quinta-feira, não muito benéfica para os lusos.
Mafalda Pires de Lima concluiu em 33.ª, 18.ª no posicionamento das nações, com oito vagas em jogo, enquanto o irmão Tomás Pires de Lima foi 48.º e Pedro Afonso Rodrigues 61.º.
Em 49er, Pedro Costa e João Bolina tinham concluído quinta-feira em 72.º e os irmãos Ricardo e Tiago Alves em 74.º.
Até agora, destaque para o 10.º e conquista da quota olímpica por Diogo Costa e Carolina João na classe 470.
Na vela adaptada, Portugal celebrou a medalha de prata de Pedro Câncio Reis e Guilherme Ribeiro em RS Venture e a de bronze de João Pinto em Hansa 303.
Os Mundiais de vela reúnem, até domingo, cerca de 1.400 competidores de 81 países em Haia.
Na capital dos Países Baixos começa a qualificação para Paris2024, sendo que, posteriormente, há um período de repescagem europeu – datas e locais distintos para as diferentes classes –, antes de um último evento, mundial, em França, para atribuição dos derradeiros ingressos.
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