Numa intervenção durante um debate na primeira sessão parlamentar de fevereiro, Abraão Vicente afirmou que a passagem da maior regata a vela do mundo pela ilha teve um “impacto absolutamente brutal” na economia.
Pelas contas do ministro da Cultura e das Indústrias Criativas e ministro do Mar, o impacto direto na economia da ilha foi de mais de 70 milhões de escudos (mais de 634 mil euros), em que entre 20 e 25 de janeiro os hotéis e restaurantes estiveram lotados.
Segundo avançou anteriormente a organização, mais de 40 mil pessoas visitaram a vila, criada no Porto do Mindelo para receber a prova, uma média de mais de oito mil pessoas por dia, quando se esperava sete mil.
Abraão Vicente avançou que o Governo pagou 1,3 milhões de escudos para receber a regata, enquanto a Enapor, empresa que administra os portos cabo-verdianos, investiu 80 milhões de escudos (725 mil euros) para construir a nova ponte e o terminal logístico.
Também o Banco Mundial investiu mais de 800 milhões de escudos (mais de sete milhões de euros) para uma operação que considerou de “afirmação” de Cabo Verde na região do atlântico.
Partindo de Alicante, Espanha, em 15 de janeiro, esta foi a 14.ª edição da Ocean Race, e as embarcações chegaram entre 20 e 22 de janeiro a Cabo Verde, na primeira vez que a principal prova de circum-navegação do mundo fez escala no arquipélago.
Depois da paragem de cinco dias na ilha de São Vicente, a segunda etapa arrancou em 25 de janeiro, rumo à Cidade do Cabo, na África do Sul, onde deverão chegar nos próximos dias.
A celebrar os 50 anos desde o nascimento em 1973, a Ocean Race mudou este ano de formato e coloca duas classes em competição na mais difícil prova de circum-navegação à vela por equipas.
As embarcações da classe IMOCA 60 vão dar a volta ao mundo, cumprindo sete etapas até junho, enquanto as da classe VO65 vão fazer três etapas, a próxima que ligará Aarhaus (Dinamarca) a Haia (Países Baixos) e a última entre Haia e Génova (Itália).
A classe IMOCA 60 é composta pelas equipas Holcim – PRB, vencedora da primeira etapa, 11th Hour Racing Team, Guyot environnement – Team Europe, Team Malizia e o Biotherm.
Por sua vez, na categoria VO65, fazem parte The Mirpuri Foundation Racing Team, embarcação da equipa portuguesa que venceu a última edição da então Volvo Ocean Race 2017/18 ao serviço da Dongfeng Race Team, mas que devido a uma avaria retirou-se da etapa inaugural, mas promete retomar em junho.
Team JAJO, Viva México, Ambersail 2, WindWhisper Racing Team - que venceu a primeira etapa nesta categoria - e a Austrian Ocean Racing powered by Team Génova são as outras equipas desta classe.
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