A Confederação Europeia de Voleibol (CEV) anunciou hoje a alteração do formato da Liga dos Campeões, a ter efeito já em 2017, que passa a incluir uma pré-eliminatória a três rondas, aberta a todas as federações nacionais.

Depois de Vitória de Guimarães, em 2007/08, que sucedeu ao Clube Académico da Trofa, em feminino, em 2005/06, no próximo ano fica em aberto a possibilidade de o voleibol português voltar a marcar presença na mais prestigiada prova europeia de clubes.

Esta hipótese depende, no entanto, da vontade dos clubes, que se deparam com algumas questões logísticas e financeiras para participar na Liga dos Campeões, como a instalação, durante quatro dias, de um piso especial para receber os jogos.

Atingir a fase regular da prova exige também um significativo investimento financeiro por parte das equipas, que terão de constituir planteis competitivos para superar o ‘funil’ das sucessivas pré-eliminatórias a que são submetidos.

O Vitória de Guimarães, que depois de uma vertiginosa subida à I Divisão conquistou o título de campeão nacional em 2007/08, foi a primeira equipa masculina portuguesa, e até agora única, a disputar a Liga dos Campeões, na edição de 2008/09.

A formação vitoriana, com o orçamento mais baixo de todos os participantes, foi integrada no Grupo B da Liga dos Campeões, juntamente com os russos do Dínamo Moscovo, os belgas do Noliko Maaseik e os checos do Jihostroj Ceske Budejovic.

Concluída a fase de grupos em 3.º lugar, com os mesmos nove pontos do Noliko Maaseik (2.º), e a três do invicto Dínamo Moscovo, o Vitória foi afastado nos oitavos de final pelos gregos do Iraklis Thessaloniki, com duas derrotas, por 3-0 (casa) e 3-2 (fora).

No sector feminino, o Clube Académico da Trofa foi o pioneiro a participar numa edição da Liga dos Campeões, em 2005/06, despedindo-se da prova com 10 derrotas nos 10 jogos realizados no Grupo A, em que venceu dois ‘sets’ e perdeu 30.

O atual formato da Liga dos Campeões contempla uma fase regular a disputar por sete grupos de quatro equipas, e de dois ‘play-off’ a 12 e 06 equipas. A ‘final four’ reúne o organizador e os três vencedores do ‘play-off’ final.

Em 2017, haverá uma primeira fase de acesso à Liga dos Campeões disputada através de eliminatórias a duas mãos, casa e fora, sendo que o número de equipas participantes dependerá dos clubes inscritos.

Os clubes derrotados de cada uma das eliminatórias farão parte do sorteio da Taça CEV, segunda competição na hierarquia do organismo que tutela o voleibol europeu, que integra ainda a Taça Challenge.

A 4.ª ronda será composta pelas 12 melhores equipas europeias (de acordo com o ‘ranking’, a publicar brevemente), mais as qualificadas das eliminatórias anteriores, distribuídas por grupos, com jogos em casa e fora.

Por fim, as 12 melhores classificadas, em masculinos, e as seis melhores classificadas, em femininos, jogarão um ‘play-off’ de 12 e 6 equipas, respetivamente, tendo em vista um lugar na ‘final four’, juntamente com o organizador.

Outra das novidades reveladas pela CEV tem a ver com o facto de, a partir de 2017, duas equipas do mesmo país poderem disputar a final, ao contrário do que acontecia até agora, pois cruzavam-se obrigatoriamente nas meias-finais.