O Sporting sagrou-se hoje campeão nacional de voleibol ao vencer o Benfica, por 3-1, na Luz, no quinto e decisivo jogo da final, depois de ter perdido os dois primeiros jogos.

Os ‘leões’ tomam assim o cetro que nas últimas cinco épocas (em 2019/20 o campeonato foi suspenso devido à pandemia da covid-19 e não houve campeão) esteve no poder o Benfica.

Impulsionados por um Edson Valência, que o treinador João Coelho conhecia do Fonte Bastardo, desde 2021/22, o Sporting até perdeu o primeiro ‘set’ esta noite, mas que teve discernimento e frieza para fazer o que já tinha feito na final do ‘play-off’: dar a volta ao infortúnio, reentrar na luta e vencer.

Assim, o Sporting somou o sétimo título nacional de voleibol do seu palmarés, sete anos depois, curiosidade do destino, impulsionados pelo número sete (Edson Valência), jogador que até selou o play-off ao fazer o 25-20, no último ‘set’.

A jogar em casa e com forte apoio doa adeptos, o Benfica entrou a todo o gás, liderado por Felipe Banderó e Nivaldo Gomez, que foram empurrando um Sporting ansioso, com fortes dificuldades em defender os remates do Benfica.

Os três pontos à maior, granjeados desde cedo, foram bem geridos pelos pentacampeões nacionais e apesar das tentativas do Sporting de desfeitear os ‘encarnados’, o melhor que conseguiu foi ficar a um ponto, por exemplo aos 19-18, até que Eshenko selou o primeiro parcial, por 25-21.

Os comandados de João Coelho não se renderam e entraram no segundo ‘set’ a dominar o marcador, a meio Banderó empatou (12-12). O Benfica até conseguiu colocar-se na condição de vencedor, por três pontos (20-17), mas depois os ‘leões’ reentraram no jogo e venceram por 26-24.

Com a eliminatória empatada, a imprevisibilidade voltou a tomar conta do jogo. Embora Benfica liderasse o marcador, o Sporting manteve-se sempre na luta, a um ou dois pontos e na ponta final teve o prémio. Yurii Synytsi empatou (20-20), a formação deu a volta (22-21) e venceu, por 25-23, beneficiando de um serviço na rede de Pablo Machado.

O Benfica, que até ao jogo quatro nunca tinha perdido dois jogos seguidos no campeonato nacional, via a vida a ‘andar para trás’ uma vez que o Sporting liderava o marcador, o ‘play-off’ e estava a 25 pontos de sagrar-se campeão… na Luz.

Com confiança, o Sporting foi avançando no marcador e uma série de erros do Benfica, na receção e no ataque, permitiu ficar com três pontos de vantagem (12-9). Uma almofada que fez os ‘encarnados’ jogar com o coração em vez da razão.

Um fator bem aproveitado pelo Sporting que, depois de perder os dois primeiros jogos da final deu a volta à eliminatória com o último ponto a ser marcado pelo homem que fez a diferença neste duelo: Edson Valência.