A Procuradoria-Geral britânica apresentou formalmente a acusação a Bernie Ecclestone por fraude fiscal. O antigo líder da Fórmula 1 terá, segundo os Serviços de Tesouraria e Alfândega britânicos (HMRC), cerca de 400 milhões de libras (cerca de 471 milhões de euros) e ativos não declarados no estrangeiro.

"A Procuradoria-Geral reviu as provas apresentadas pelos Serviços de Tesouraria e Alfândega e autorizou a apresentação de acusação contra Bernard Ecclestone de fraude por este não ter declarado às autoridades fiscais a existência de bens sediados no estrangeiro, estimados em mais de 400 milhões de libras", disse Andrew Penhale, Procurador-Geral da Coroa Britânica.

Perante esta acusação, Bernie Ecclestone não fez comentários. O empresário de 91 anos diz que ainda não tomou a devida atenção ao caso, acrescentado de que se trata de algo que já tinha antecipado.

"Não posso fazer comentários, já que ainda não tomei atenção ao caso. É algo que se falou que poderia acontecer há algum tempo, mas não desta maneira. Provavelmente eles (HMRC) voltaram a entusiasmar-se com isto outra vez, vamos ver o que acontece", afirmou o britânico

De lembrar que, em 2015, o HMRC já tinha exigido o pagamento de 1 bilião de libras (1,180 biliões de euros) ao consórcio da família Ecclestone.

A primeira audiência está marcada para o dia 22 de agosto em Londres.

Bernie Ecclestone foi o homem forte da Fórmula 1 até 2017, altura em que que a Liberty Media adquiriu os direitos comerciais da competição.