Coimbra vai receber a quarta prova do Campeonato do Mundo de Enduro, de 01 a 03 de julho, num evento que deverá levar até ao concelho mais de 100 pilotos e 10 mil espetadores ao longo dos três dias de prova, foi hoje anunciado.

A prova vai reunir 100 a 120 pilotos das várias categorias da modalidade, 400 a 500 pessoas das diferentes equipas, 250 a 300 na organização do evento e cerca de “dez mil espetadores espalhados pelos três dias de prova”, disse o diretor da prova Coimbra/Souselas, Nuno Cação, também do Alhastro Clube de Todo-o-Terreno (ACTT), associação que organiza o evento.

A prova terá uma superespecial no dia 01 de julho, entre Souselas e Botão, seguindo-se nos dois dias seguintes a prova internacional, com um percurso de 50 a 55 quilómetros, que irá passar por diversos pontos do concelho, contando com três zonas de espetáculo (duas em Souselas e uma em Ponte de Vilela), explicou o responsável, que falava durante a conferência de imprensa de apresentação do evento, que decorreu no Salão Nobre da Câmara de Coimbra.

“Será uma prova repleta de espetáculo”, salientou Nuno Cação, sublinhando que, para além do “enorme impacto” na hotelaria e restauração da região, estima-se que a prova tenha um alcance de 12 milhões de pessoas.

Nuno Cação sublinhou que o acolhimento de uma prova do Campeonato do Mundo surge depois de Souselas já ter recebido várias provas nacionais.

“Havia a ambição do presidente da junta [de Souselas e Botão] de ter um evento internacional aqui. Havia um plano para nos próximos dois ou três anos termos uma prova do Campeonato da Europa, mas este ano houve alterações no Campeonato do Mundo e surgiu esta possibilidade e resolvemos agarrar”, explicou.

O diretor de corrida do Campeonato do Mundo, Pedro Mariano, realçou o impacto que uma prova destas poderá ter na economia local, recordando que os estudos feitos em 2009, aquando dos Olímpicos de Enduro na Figueira da Foz, estimavam uma entrada de “180 mil euros diários” durante a competição.

“O Mundial se calhar será um terço desse valor, mas o gasto que pode haver está longe do retorno que a cidade e região poderão ter”, frisou.

O presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, destacou a importância da projeção do nome e imagem da cidade de uma grande prova internacional no concelho, realçando que esta competição mostra também a capacidade do município “para trazer a organização de grandes eventos”.

“A caminhada foi longa”, recordou o presidente da União de Freguesias de Souselas e Botão, Rui Soares, frisando que só é possível acolher a prova internacional porque o executivo que lidera a autarquia mudou.

Já o vereador com a pasta do desporto, Carlos Lopes, afirmou que espera que este evento seja “o início de um futuro promissor de Coimbra nesta área”.

O responsável realçou ainda que a preocupação ambiental com a prova também está em cima da mesa, estando a ser preparado um plano de reflorestação em conjunto com a junta de freguesia e a organização do evento.

Questionado pelos jornalistas sobre o apoio que a Câmara de Coimbra irá dar ao evento, o vereador referiu que os valores ainda não estão fechados.

A prova é organizada pelo ACTT e administrada e gerida pela Federação Internacional de Motociclismo.