A equipa CryptoDATA RNF MotoGP, do português Miguel Oliveira, garantiu hoje, em comunicado, ter contrato válido com os promotores do campeonato até 2026 e que pretende cumpri-lo, apesar da saída do diretor e fundador, o malaio Razlan Razali.

“Tem havido muitas especulações na imprensa sobre a CryptoDATA RNF MotoGP Team e por causa disso queremos clarificar as coisas de forma oficial. Uma coisa é certa, a CryptoDATA RNF MotoGP Team tem contrato para participar no Campeonato do Mundo válido até 2026”, escreveu a equipa.

A equipa de Miguel Oliveira frisa que o contrato “tem termos e condições muito claras” e que, “até agora”, não foi “notificada de qualquer violação contratual” nem foi notificada da sua caducidade.

“Para além disso, a RNF tem um contrato válido com a Aprilia e não recebeu nenhuma notificação para a sua cessação”, garantiu ainda.

A equipa satélite da Aprilia considerou, também, “falsas” as “especulações relativas à qualidade das peças providenciadas pela Aprilia devido a ‘alegadas’ dívidas”.

“Não há qualquer dívida à Aprilia e todos os montantes [devidos] foram pagos no início do ano. Adicionalmente, para além do que estava contratualizado, acordámos [a cedência de] mais mecânicos e assumimos os custos extra”, garantiu ainda a RNF.

Por outro lado, a formação malaia assumiu ter recebido “uma oferta pela sua vaga na grelha, em Madrid, no escritório da DORNA [empresa promotora do campeonato], que foi oficialmente rejeitada há mais de duas semanas e, desde então, não houve mais negociações”.

“A The CryptoDATA RNF MotoGP Team não tem quaisquer dívidas ou contendas com os seus fornecedores e toda a sua atividade decorre de acordo com o plano de negócios e com os termos contratuais decididos com os seus fornecedores”, lê-se ainda no comunicado.

No mesmo documento, é clarificado que a equipa RNF é detida “a 60 por cento pela CDT SPorts and Media SRL” e “em 40 por cento por Razlan Razali”, que foi o fundador.

Por outro lado, a empresa RNF Racing Ltd. “está sujeita a uma auditoria interna promovida pelo acionista maioritário de forma a rever os processos internos e a atividade dos seus funcionários”.

O comunicado esclarece ainda que “as mudanças na gestão da equipa” iriam acontecer de qualquer forma uma vez que este era “um ano de transição” e que, depois da auditoria, será implementada uma “otimização de processos dos recursos humanos de forma a implementar uma estratégia com táticas para obter desempenho na equipa”.

A equipa RNF garantiu, ainda, neste comunicado, que a saída de Razlan Razali “não foi decidida ontem [sexta-feira], mas tomada há mais de um mês, devido à pressão dos acionistas, depois de um pobre desempenho, e decisões financeiras”.