
"O surto atingiu uma fase de pico entre a 12.ª e a 13.ª semana epidemiológica. Atualmente está numa fase descendente, apesar de termos alguns novos focos", disse José Paulo, do Instituto Nacional de Saúde (INS), em entrevista à televisão STV.
As autoridades de Saúde moçambicanas avançaram também hoje que precisam de mais dois milhões de doses de vacina contra a doença, no mínimo, para cobrir as zonas de elevado risco, relatando dificuldades para a sua obtenção.
"O país já fez uma encomenda de novas vacinas, mas devo dizer que ainda não teve resposta porque há muita procura a nível global", disse Domingos Guihole, chefe do departamento de Saúde e Vigilância no Ministério da Saúde (Misau).
Moçambique registou, nas últimas 24 horas, 121 novos casos de cólera, sem óbitos, indica o boletim diário da Direção de Saúde Pública moçambicana.
As tempestades de fevereiro e março, em especial depois do ciclone Freddy, agravaram a situação e esta é a pior epidemia desta doença no país na última década, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
A cólera é uma doença que provoca fortes diarreias, que é tratável, mas que pode provocar a morte por desidratação se não for prontamente combatida - sendo causada, em grande parte, pela ingestão de alimentos e água contaminados por falta de redes de saneamento.
Moçambique, considerado um dos países mais severamente afetados pelas alterações climáticas no mundo, está no final da época chuvosa e ciclónica, que ocorre entre os meses de outubro e abril.
LYN // JH
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