
A Grécia também está em grande parte parada hoje devido a uma greve massiva nos setores público e privado, quando o estado de degradação da rede ferroviária e falhas técnicas foram apontadas para explicar a colisão frontal entre os dois comboios em 28 de fevereiro.
Dezenas de universidades nas principais cidades gregas foram ocupadas hoje por estudantes que pediram justiça em relação ao acidente ferroviário e protestaram contra o Governo grego, que responsabilizaram pela falta de segurança na rede ferroviária.
"Vamos derrubá-los", "Assassinos", eram frases escritas numa faixa gigante que os estudantes penduraram na reitoria da Universidade de Atenas.
Para hoje foi convocada uma greve geral de 24 horas no setor público e já era esperada uma grande mobilização em Atenas, assim como em Tessalónica, destino final do comboio de passageiros que esteve envolvido no acidente de 28 de fevereiro.
A greve foi convocada pelo sindicato dos funcionários públicos (ADEDI) e conta com a adesão dos trabalhadores dos setores marítimos e transportes urbanos, além de médicos, professores e atores, que se uniram ao protesto dos funcionários das ferrovias, que entraram no oitavo dia consecutivo de greve para exigir a modernização das ferrovias do país.
A capital grega acordou hoje sem metro, autocarro ou elétricos. Além disso, no porto de Pireu, próximo de Atenas, não há barcos ou 'ferries'.
O ADEDI especificou em conunicado que os trabalhadores exigem "que as políticas de privatizações sejam encerradas" no setor ferroviário e "que sejam investigadas as verdadeiras responsabilidades pelo crime", numa referência ao choque dos comboios, que causou 57 mortes e ainda dezenas de feridos.
O primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, admitiu no domingo a falta de medidas de segurança e de sistemas de controlo automatizados na rede ferroviária e pediu " perdão" a todos os gregos.
CSR // APN
Lusa/Fim
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