Recusando colocar-se entre os que classificou como "profetas da desgraça", o presidente executivo do BCP reconheceu que a situação económica é preocupante e desafiante, tendo em conta o ambiente de guerra na Ucrânia e algumas limitações que ainda permanecem em alguns países devido à pandemia, mas considera que a, ao contrário da situação humanitária (devido à guerra), a situação económica não é dramática.
"O enquadramento económico é desafiante e Portugal não é alheio ao que se passa no mundo", começou por dizer Miguel Maia quando questionado sobre como vê a evolução da situação económica do país.
Ainda assim, referiu, a conjuntura atual difere da vivida na anterior crise (tendo em conta a taxa de crescimento que se espera para este ano ou a taxa de poupança das famílias, por exemplo), pelo que "sendo preocupante", a situação económica "não é dramática".
Miguel Maia falava na conferência de imprensa de apresentação dos resultados do BCP no primeiro semestre deste ano, período em que registou lucros de 74,5 milhões de euros no primeiro semestre, valor que traduz uma subida de mais de 500% face aos 12,3 milhões de euros registados nos primeiros seis meses de 2021.
"As perspetivas são de um arrefecimento", referiu, recusando, contudo, alinhar com os "profetas da desgraça" e assumindo que "não há motivos para euforia, nem motivos para especial preocupação".
Focando-se na questão humanitária, que considerou "insustentável e dramática", afirmou esperar que a situação na Ucrânia se resolva "mais cedo do que tarde".
Questionado sobre se a nova administração do BCP já teve 'luz verde' do regulador para iniciar funções, precisou que tal ainda não aconteceu estando o processo a correr "dentro da total normalidade da interação" com os supervisores.
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