O FC Porto teve a mesma sorte que o seu próximo adversário na Liga dos Campeões. O PSG, o qual também foi eliminado na Taça de França. Os Dragões perderam pela primeira vez esta época.

Vítor Pereira em relação ao jogo para o campeonato alterou a equipa. Sete mudanças, é muito. A equipa descaraterizou-se e perdeu identidade. O futebol do Porto foi diferente, as características dos habituais suplentes não mantiveram a consistência nem as rotinas do ótimo espetáculo apresentado pelos frequentes titulares.

O trio do meio campo mostrou-se melhor a defender, mas sem ideias atacantes. Faltou criatividade. James sentiu a ausência dos seus complementares: Lucho e João Moutinho. Quando olhava para a frente não descortinava as eficazes movimentações de Jackson Martinez e de Varela. Kléber continua a ser uma nulidade e Atsu parece ser um jogador de “engate”.

Oxalá tenha valido a pena esta exagerada gestão. O primeiro lugar no grupo da Liga dos campeões, como se sabe tem vantagens financeiras e desportivas. Monetariamente o FC Porto pode usufruir mais 500 mil euros ou até um milhão. Desportivamente poderá sair-lhe nos oitavos um adversário mais acessível se ficar em primeiro lugar.

Quem é forte aposta em várias frentes, mas não pode ganhar em todas. Ontem o Porto foi afastado da Taça de Portugal. Vítor Pereira perdeu porque apresentou um onze inabitual e sem rotinas nem categoria para surpreender o Braga. Foi lerdo a decidir a organização defensiva quando ficou reduzido a dez elementos.

Também não foi feliz ao retirar o jogador mais rápido do ataque. E não apresentou o manual de como se deve jogar dez contra onze.

O Braga tinha de vencer este jogo para estabilizar os ânimos. O Braga é uma equipa que futebolisticamente tem vindo a introduzir-se entre os grandes, e nos últimos anos superou o Sporting Clube de Portugal. Portanto é uma equipa exigente e ambiciosa.

O Braga venceu bem, pois foi a melhor equipa. Apesar do mau posicionamento no golo sofrido, Peseiro retificou, e a equipa cometeu menos erros defensivos. Nos jogos anteriores a defender foi um desastre completo. 

O jogo do Braga foi dominante e apresentou imensas variáveis saídas para o ataque. Graças a Alan que continua a ser o cérebro da equipa, aos passes milimétricos de Hugo Viana., ao avanço dos laterais, ao posicionamento de Mossoró que rende mais como segundo ponta de lança e, sobretudo, às contínuas deambulações de Eder, um autêntico quebra-cabeças!